Uma reflexão sobre as férias que nos deve fazer pensar na graça e na dádiva que nos é dada quando podemos saborear as nossas merecidas férias...
Muitos dos nossos leitores amigos têm
possibilidade de gozar alguns dias de merecidas férias.
O cansaço gerado pelo trabalho, pela
corrida diária, pelo desgaste intelectual e físico, exige algum tempo de pausa,
de recuperação de energias para melhor cumprir.
Uns deixam o ambiente poluído das
cidades e vão até à verdura suave dos campos ou da montanha; outros
bronzeiam-se cautelosamente nas praias; outros fazem férias andando, viajando,
conhecendo terras do país ou do estrangeiro, enriquecendo os seus conhecimentos
em monumentos e museus: "quem quiser saber, passear ou ler" - diz um
adágio popular.
Se as férias, mesmo curtas, forem
aproveitadas com serenidade, com mudança de actividade, a pessoa regressa
rejuvenescida, tonificada, mais acolhedora, mais paciente, mais simpática e
mais eficaz.
Mas há um mundo enorme de gente que não
tem férias: ou porque trabalha por conta própria ou porque não tem dinheiro
para usufruí-las.
Trabalhava num grande hotel um simpático
carregador de malas: descia malas, transportava malas, subia malas, de manhã à
noite. Dura vida...
Quando alguns turistas lhe perguntavam:
- quando vai de férias?
Ele respondia, sorrindo resignadamente:
- Eu vou todos os dias nas malas que carrego dos nossos clientes...
Tanta gente que, como este homem, apenas
faz férias vendo partir autocarros, comboios ou aviões, continuando o seu
trabalho desgastante sem parança para a sua família sobreviver.A felicidade das
nossas férias não pode deixar-nos esquecer diante de Deus que nos acompanha
todos aqueles que, por uma razão ou por outra, não têm possibilidade de refazer
as suas forças para a sua caminhada difícil de todo o ano.
Mário
Salgueirinho
1 comentário:
Magnifica esta reflexão.
" há um mundo enorme de gente que não tem férias: ou porque trabalha por conta própria ou porque não tem dinheiro para usufruí-las."
Obrigada!
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