Uma breve reflexão para quem vai à missa (e não só). Domingo IV tempo comum...
A tendência humana mais frequente, é
reconhecer desde logo que o que é de fora é que é bom. Não valorizamos o que
somos e o que temos dentro da nossa casa. Quantos filhos só se dão conta que
realmente amavam de verdade os seus pais só depois de eles terem morrido?; E
quantas coisas só são realmente importantes quando não as temos? - A vida
parece ser um pouco estranha e cada um de nós ainda mais estranho que a própria
vida.
Por isso, segundo Francisco, a «novidade do Evangelho»
consiste em «dar-se a si mesmo, dar o coração aos inimigos» para não ser apenas
uma «troca» e faz refletir muito a partir dos verbos que Jesus usa - «amai,
praticai o bem; abençoai; orai, oferecei, não rejeiteis; oferecei». Adiantou
mais ainda: «Jesus com isto mostra-nos o caminho que devemos seguir, um caminho
de generosidade», revelou o Papa, que assinala que Jesus pede também aos
cristãos que «pratiquem o bem» àqueles que os «odeiam» ou que abençoem «quantos
os maldizem».
Jesus irrita os seus conterrâneos, porque
as suas palavras são um desafio contra a mesquinhez das ideias religiosas. Numa das suas
homilias o Francisco fez a exortação a não julgar: «Muitas vezes parece que nos
nomearam juízes dos outros, mexericamos, falamos mal, julgamos todos».
Todos nós agarramo-nos a coisas de pouca
importância e fazemos disso o centro da vida e do mundo. A teimosia é um grande
mal que afecta todas as famílias.
As palavras que nos dizem ou os conselhos
que nos transmitem muitas vezes têm uma recusa imediata porque não temos
vontade nem paciência para receber nada que venha de pessoas nossas conhecidas.
Quando sabemos da vida de cada um é difícil escutar as suas palavras. Jesus é
uma companhia que desafia para a verdade da vida e que nos desacomoda da superficialidade
e banalidade da vidinha pessoal. Porque «Ser cristão é tornar-se insensato, num certo sentido.
Renunciar àquela esperteza do mundo para fazer tudo o que Jesus nos diz» (Papa
Francisco).
O Papa Francisco já nos apontou que «caminhar com
Jesus» é andar na «misericórdia» e salientou que «a vida cristã não é
autorreferencial» porque «sai de si mesma para se dar aos outros». «É um dom, é
amor e o amor não é egoísta, dá-se», acrescentou.
É muito importante que nos deixemos
conduzir por este Jesus próximo, amigo e companheiro que vem à nossa terra, à
nossa casa e à nossa vida para nos mostrar o caminho da eficácia salvadora.
Nisso está a felicidade. Esta é a Boa Nova do Reino de Jesus. Como é belo o
amor dos nossos próximos...
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