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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O sentido e simbologia do vinho

Para a missa deste fim de semana, domingo II Tempo Comum
Estamos diante do episódio das famosas bodas de Caná.
Jesus foi a um casamento com sua mãe e os seus companheiros. O vinho acabou, uma festa sem vinho seria uma injúria grave para os protagonistas desta ocasião festiva, de modo especial o noivo que não se preveniu contra a eventualidade de se acabar um elemento tão essencial da festa.
Perguntar-se o seguinte: quantas das nossas famílias estão destruídas por causa do mau uso do vinho? - É incalculável o número de pessoas que se destruíram e prejudicaram os outros (os filhos, esposo ou esposa), por causa da ingerência excessiva de vinho.
Jesus não condena o vinho, não sabemos que o tenha recusado. Nesta festa de Caná fará com que ele não falte aos exigentes convidados e mais tarde o utilizará também para o tornar com as suas palavras sacramento do seu sangue.
O vinho é um produto bom e saudável se for bem utilizado. Os excessos não servem para nada e prejudicam tanta gente. Por isso, o vinho quando tomado com regra ou medida não prejudica a saúde nem prejudica as famílias. Também descobrimos que Jesus prefere as pessoas felizes e alegres, às pessoas sorumbáticas e caídas de tristeza. O cristão, não pode ser uma pessoa triste, mas alegre e de cabeça erguida diante dessa luz salvadora que Cristo nos revela.
Nós vivemos no tempo das bodas da eternidade. A Eucaristia que celebramos é um sinal forte dessa presença. Esta é a nossa fé e a nossa esperança. É preciso pôr um ponto final em tudo o que provoque angústia, preocupação e sofrimento de toda ordem. Porque Jesus convoca-nos para a alegria e para a felicidade. E não encontramos em nenhum momento no Evangelho apelos que se reduzam a proibições, normas e ameaças e castigos. Esta via não serve, porque «o nome de Deus é misericórdia e a Igreja não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com o amor visceral que é a misericórdia de Deus», refere, na entrevista ao vaticanista italiano Andrea Tornielli, no livro recente sobre a temática da misericórdia.
Assim sendo, como pode ser possível a tristeza fazer parte da nossa caminhada? Jesus pôs um ponto final na religião que faz de nós pessoas tristes. Quebrou a imagem gélida que fazia de Deus uma «pessoa» severa sempre à espreita a ver quando falhamos para nos castigar com a maior punição possível. Deus era sério de mais, muito sisudo e sem abertura para o humor como se fosse o maior dos tiranos que exige temor e respeito sem piedade nenhuma. Jesus não esteve com meias medidas e quebrou o jugo das leis que causam cansaço e oprimem. A sua vida histórica, no que se refere ao anúncio do Reino, será uma constante denúncia de tudo o que seja opressão da pessoa humana. Jesus anuncia o Deus da ternura. O Deus que dá aos discípulos o seu vinho, a religião verdadeira, a do amor como graça total. Esta forma de ver Deus e viver a religião elimina todos os medos e infunde apenas confiança e esperança no futuro.

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