Para a missa deste fim de semana, domingo
II Tempo Comum
Estamos diante do episódio das famosas
bodas de Caná.
Jesus foi a um casamento com sua mãe e
os seus companheiros. O vinho acabou, uma festa sem vinho seria uma injúria
grave para os protagonistas desta ocasião festiva, de modo especial o noivo que
não se preveniu contra a eventualidade de se acabar um elemento tão essencial
da festa.
Perguntar-se o seguinte: quantas das
nossas famílias estão destruídas por causa do mau uso do vinho? - É
incalculável o número de pessoas que se destruíram e prejudicaram os outros (os
filhos, esposo ou esposa), por causa da ingerência excessiva de vinho.
Jesus não condena o vinho, não sabemos
que o tenha recusado. Nesta festa de Caná fará com que ele não falte aos
exigentes convidados e mais tarde o utilizará também para o tornar com as suas
palavras sacramento do seu sangue.
O vinho é um produto bom e saudável se
for bem utilizado. Os excessos não servem para nada e prejudicam tanta gente.
Por isso, o vinho quando tomado com regra ou medida não prejudica a saúde nem
prejudica as famílias. Também descobrimos que Jesus prefere as pessoas felizes
e alegres, às pessoas sorumbáticas e caídas de tristeza. O cristão, não pode
ser uma pessoa triste, mas alegre e de cabeça erguida diante dessa luz
salvadora que Cristo nos revela.
Nós vivemos no tempo das bodas da
eternidade. A Eucaristia que celebramos é um sinal forte dessa presença. Esta é
a nossa fé e a nossa esperança. É preciso pôr um ponto final em tudo o que
provoque angústia, preocupação e sofrimento de toda ordem. Porque Jesus
convoca-nos para a alegria e para a felicidade. E não encontramos em nenhum
momento no Evangelho apelos que se reduzam a proibições, normas e ameaças e
castigos. Esta via não serve, porque «o nome de Deus é misericórdia e a Igreja
não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com o amor visceral
que é a misericórdia de Deus», refere, na entrevista ao vaticanista italiano
Andrea Tornielli, no livro recente sobre a temática da misericórdia.
Assim sendo, como pode ser possível a
tristeza fazer parte da nossa caminhada? Jesus pôs um ponto final na religião
que faz de nós pessoas tristes. Quebrou a imagem gélida que fazia de Deus uma «pessoa»
severa sempre à espreita a ver quando falhamos para nos castigar com a maior
punição possível. Deus era sério de mais, muito sisudo e sem abertura para o
humor como se fosse o maior dos tiranos que exige temor e respeito sem piedade
nenhuma. Jesus não esteve com meias medidas e quebrou o jugo das leis que
causam cansaço e oprimem. A sua vida histórica, no que se refere ao anúncio do
Reino, será uma constante denúncia de tudo o que seja opressão da pessoa
humana. Jesus anuncia o Deus da ternura. O Deus que dá aos discípulos o seu
vinho, a religião verdadeira, a do amor como graça total. Esta forma de ver
Deus e viver a religião elimina todos os medos e infunde apenas confiança e esperança
no futuro.
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