Para o nosso fim de semana. Sejam
felizes sempre sem prejudicar ninguém.
Meio acordado meio a dormir, desbobina filmes
por essa coisa inexplicável que faz deambular a nossa cabeça. Hoje foram dois
sonhos, interligados entre si, porque têm a mesma temática.
No primeiro, eu estava à espera da
chamada do voo que me levaria para onde não imagino onde fosse, distancio-me um
pouco da mala que guardava os meus pertences pessoais, ao regressar para junto
daquele pequeno tesouro que acompanha qualquer passageiro, não está a mala,
voou primeiro do que eu, escafedeu-se, fui roubado. Bastou um piscar de olhos para que por artes
mágicas o que mais cuidamos nestas andanças se divorcie de nós sem pedir
licença.
Meio nervoso e com um vermelhão na cara,
como se tivesse passado pelas labaredas do inferno, dirijo-me a um balcão onde
gaguejo umas palavras relacionadas com o desaparecimento da mala.
Não vos posso
dizer mais nada sobre este episódio, porque, entretanto, o filme foi cortado como
se eu estivesse no famoso «Cinema Paraíso», onde os filmes passavam aos saltos
por causa dos cortes exigidos pelo padre da cidade que via os filmes primeiro
que toda a gente, para serem cortadas as cenas suscetíveis de erotismo ou outra
qualquer sugestão que não estivesse de acordo com a moral e os bons costumes. Nisto,
começa outra cena que a única coisa que tem que com este roubo é que se trata
de outra intenção de roubar.
Imediatamente a seguir, vejo-me noutro filme, onde vivo o seguinte: passeio-me por
uma rua vazia de carros e pessoas, junta-se a mim vindo do nada, duas figuras
desconhecidas e que se juntam à minha caminhada. Após termos dado alguns passos
um deles diz que devo desfazer-me do ipad, isto é um assalto. Como tudo está a decorrer
com cordialidade, sem violência, sem armas e com alguma delicadeza, ensaio
rematar, para que vos serve um ipad com o ecrã partido (efectivamente o ecrã está
rachado de cima a baixo, resultante de uma queda fatal das minhas mãos)…
Os transeuntes, meus companheiros, seguros
de si respondem com rapidez, «não importa, é melhor para vender» - diz um dos profissionais
da coisa alheia, revelando que sua experiência não o engana. Muito bem.
Porém, imploro mais algum tempo para que
envie para o meu mail toda a documentação e material que tenho no ipad. Favor
concedido. Entretanto, começo por realizar a tarefa sempre em andamento com
passos cada vez mais largos até chegar junto de um supermercado onde estava
pejado de pessoas dentro e fora.
E depois? – Depois, muito
desejava eu dizer mais coisas sobre estas inexplicáveis experiências notívagas
enquanto se dorme. Mas, não faço a mínima ideia de como terminam estas pequenas
aventuras, acordei zonzo e com ligeiras dores de cabeça.
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