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quarta-feira, 18 de maio de 2016

O mistério da grandeza de Deus em nós

Domingo da Trindade. Singelo comentário que pode servir a quem habitualmente vai à missa (e não só) no fim de semana...
Santo Tomás, no final do seu tratado sobre a Santíssima Trindade, fala-nos das missões divinas e da habitação das três Pessoas Divinas em toda alma justa. Ele dá-nos uma certa inteligência deste mistério recordando-nos que Deus está sempre presente em todas as coisas, especificando de que maneira especial está realmente nos justos e quais são os efeitos da Sua acção neles.
Conta-se que Santo Agostinho andava certo dia a passear na praia a meditar sobre este mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas... Enquanto caminhava, observou um menino que carregava um pequeníssimo balde com água. A criança ia até o mar, trazia a água e deitava-a dentro de um pequeno buraco que tinha feito. Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia. O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade:
- quero colocar a água do mar neste buraco. Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe:
- mas tu não percebes que isso é impossível mesmo que trabalhes toda a vida? O mar é infinitamente grande. Jamais o irás conseguir colocar aí todo dentro desse pequeno buraco...
Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: - ora, é mais fácil a água do mar caber neste pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem! É mais fácil colocar toda a água do mar aqui dentro deste buraco que o homem conseguir entender o mistério da Santíssima Trindade. O homem é infinitamente pequeno e Deus é infinitamente grande!
A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professam a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério.
É nesse mistério que acreditamos e é desse mistério que devemos dar testemunho. Este é um mistério mais para ser contemplado do que para ser dito ou mostrado. É um mistério inefável, próximo e distante ao mesmo tempo. E reconhecer isso não é fraqueza, mas abertura ao dom enorme que Deus é e que pode fazer da nossa vida uma realidade de bem, que se vivido em plenitude fará do mundo um lugar de paz e de felicidade para todos. Dêmos mais vida ao que somos e temos com a presença de Deus em nós!

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