A cidade está pejada ainda disto que a
foto ilustra. Se existe, é porque, provavelmente, a clientela é abundante.
Oxalá, segundo informações veiculadas na comunicação social, que a fasquia
abundante de livros vendidos na feira do livro do Funchal 2016, vá esclarecendo
os madeirenses para que não se deixem levar por este tipo de conversa.
A propósito disto lembrei-me de outras
práticas que consistiam na utilização de galinhas pretas, gatos pretos,
enxofre, alho e alecrim entre outros elementos que variam de pessoa para
pessoa, de bruxa para bruxa, de lugar para lugar. Também eram variados os
métodos que seriam distintos de lugar para lugar ou de circunstância para
circunstância. As tesouras e as vassouras também têm uma carga supersticiosa
muito grande. O dia 13 e se juntarmos a sexta feira 13 mais carga misteriosa
ganha no imaginário das pessoas. Muitos dos azares quotidianos em cada um de
nós sempre fazem recorrer a elementos misteriosos ou esotéricos. Cuidem-se.
Nada disto é original. Tal como os pagãos
dos tempos antigos que, por medo, lançavam os seus primogénitos para o fogo aos
pés da estátua de Baal, também ainda há quem acredite que nos devemos
sacrificar para ser agradáveis a um deus. Nada mais errada e contra a dignidade.
A falta de instrução ou o analfabetismo, a falta da luz elétrica
espalhada pelos caminhos, a catequese e a Liturgia da Igreja Católica que toda
ela era baseada no medo do fogo do inferno, a perseguição do demónio, o
desconhecimento face aos fenómenos da natureza e a pobreza reúnem as condições
necessárias para que a imaginação das pessoas inventem todo este ambiente
terrível. Hoje nada disto existe e nada se justifica que as pessoas percam
dinheiro e tempo com superstições, bruxarias e cantos de sereias absurdos. É
tempo de crescer e deixar-se conduzir pela inteligência e pelos avanços
civilizacionais que vamos tendo.
Sem comentários:
Enviar um comentário