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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A religião é inimiga do Evangelho

1. Nada de novo quanto a este título. Nem sempre a religião estabelece verdadeira «comunhão» com os fundamentos da sua razão de ser. No caso da Religião Cristã falamos do Evangelho do Seu Mestre Jesus Cristo.

2. Não é nada de novo relativamente à ideia de que às vezes a religião cristã - embora para sermos mais honestos, deve-se dizer o catolicismo - é «inimiga» do Evangelho. Tudo começou com Aquele que falava do Evangelho – que significa Boa Notícia para os pobres ou para a humanidade, porque é a maior novidade da história de salvação universal pelo amor contra todas as formas de violência, essa realidade tenebrosa que sempre fez nortear a humanidade inteira sempre em prejuízo para si mesma. É de Jesus Cristo que falamos. Por essa causa foi morto, insultuosamente pregado numa cruz, a condenação mais aviltante, por isso, reservada para os piores criminosos.

3. Duas distinções importantes a fazer-se para que se perceba os consequentes comportamentos. Primeira, o Evangelho é desprendimento, liberdade de pensamento e de vida. Segunda distinção, faz entrar na vida concreta de cada pessoa a misericórdia, a inclusão de todos, solidariedade com as vítimas, a libertação dos pecadores e dos pobres, enfim, é a prática do amor com todos e para todos.

4. Toda a religião tem doutrina a todos os níveis, que até pode ser na prática a mais luminosa e teoricamente a mais lúcida do mundo. Mas, toda a religião com poderes, com hierarquias, com interesses, com vida cómoda, com economia e finanças para gerir… Não se lhe distingue diferença alguma, porque tem uma lógica mundana e que se coloca ao mesmo nível de qualquer outra organização humana, viola descaradamente os seus princípios originários e esquece tudo o que ensinou e exemplificou o seu Mestre.

5. Por aqui podemos deduzir, porque anda debaixo de fogo constante o Papa Francisco e tantos outros que em nome do Evangelho reclamam que a religião se torne verdadeiro serviço para todos. Assim, se percebe também que os verdadeiros inimigos do Evangelho não estão fora do âmbito religioso, mas dentro, particularmente em todos aqueles que não abdicam da vida principesca que a oportunidade da religião lhes confere.

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