se eu fosse como o vento trazia do mistério a luz
que foi levada pelas árvores nuas,
desfolhadas violentamente na hora do sopro.
foi essa força impetuosa que ninguém sabe de onde veio
e para onde vai,
que nos desprendeu;
as urzes naquela montanha testemunharam essa visão de
fogo
em silêncio, sem palavras, solitárias como no
tempo
em que a lua ainda era inocente.
por esse deambular vieram os pássaros enamorados
como profetas cantantes que dizem tudo sem
palavras,
mas com os olhos novos anunciam
que mais uma vez em júbilo as coisas imaginadas já não
existem.
podem ser aquelas que são o sonho dito presente
nos passos andantes que visitam cada momento
onde o tempo ganha a alma para sempre.
JLR
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