o silêncio anuncia a "morte de cruz" de um inocente. Naquele grito "Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonastes", está a solidão que as trevas fazem acontecer em todas as noites da condenação injusta, em toda a traição mesmo que comece com um beijo, na negação e abandono dos amigos, na sensação de que Deus está longe, impávido e sereno diante do sofrimento, no escárnio e na injúria, no peso desmedido do madeiro da cruz, na nudez, na coroa de espinhos, na dor dos cravos, na fome, na sede que parece ter sido saciada com vinagre e em todo o ambiente frio que a flagelação marcou com sangue e na carne chagada por toda a fragilidade do corpo. É este o quadro mais negro da história humana e divina. Mas é a maior lição do amor que nos ensina que quando levado a sério não livra do sofrimento e às vezes até da morte, mas liberta e salva para sempre, o amado e a "coisa" amada. Só quem ama, é que sabe da imortalidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário