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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

A era do vazio chegou à sarjeta

muitas vezes acusam-se épocas passadas com critérios da época presente. Nada mais errado e injusto. Obviamente, que em todos os tempos nasceram e viveram pessoas boas e pessoas más. Também é lógico que em todos os tempos a hipocrisia comanda a vida e os comportamentos. Este veneno, provavelmente, nenhuma época pode gabar-se de não o ter produzido. Os nossos tempos não fogem à regra, de longe serão excepção. Levantou-se uma polémica valente sobre o beijo nos avozinhos. Não fossem as redes sociais, o assunto passava despercebido e já estava mais que esquecido. Mas os nossos tempos são o que são e hoje não podemos deixar de contar com as suas particularidades e vertentes. Todos são sujeitos de notícia e todos podem ser veículo de notícias. Um determinado professor no último «Prós e Contras» (15 de Outubro de 2018), disse alto e bom som, que as crianças se forem obrigadas a dar um beijinho nos avós, poderia ser educação violenta. Acho que neste caso, violência é não ter avós para conversar e beijar. Está visto que os nossos tempos rebentaram com a sexualidade, pela banalização do sexo, agora meteram pés ao caminho para rebentar com o que resta dos afectos. Onde há hipocrisia nisto? – Basta observar as fotos que pelo facebook, as várias partilhas, que foram mostrando a desfaça, a calúnia, o ódio e o espírito de vingança sobre a vida do professor em causa. As épocas medievais foram aprendizes daquilo que se passa hoje. É assim o tempo da sarjeta em que vivemos, pois não se compadece do bom senso nem muito menos com a ideia de que nem tudo é igual e quiçá não aceita que toda a gente não esteja envolvida na perversão geral, como se fôssemos uma sociedade formada só e unicamente por doentes mentais psicopatas.

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