como muitos sabem decorreu em Roma, no Vaticano, o Sínodo dos Bispos sobre a juventude. A organização do Sínodo deu a possibilidade às mulheres para estarem presentes, mas sem direito a voto nas várias sessões do Sínodo. Os homens de chapéu roxo ou vermelho que até ao Papa Francisco gozaram do luxo tiveram sentados à frente de outros homens para debitarem charadas sobre as mulheres a 1,3 milhões de católicos de todo mundo, ainda urdiram mais esta novidade. Podem estar no Sínodo, mas sem direito a voto, porque o direito de voto é coisa «sagrada», por isso, só pode ser exercido por ministros ordenados. Frades e outros convidados não ordenados também não votaram. Qual o crédito de uma instituição, tão necessitada dele nos tempos que correm, quando trata mais de metade dos membros da Igreja, desta forma tão discriminatória. Nada justifica este proceder, até parece que debaixo dos tais chapéus circula este pensamento, convidámo-las para o banquete, mas proibimos que comam quando estejam sentadas à mesa... As tais cabeças sob «o apagador do bom senso», cozinharam a ideia de que para o mundo fica a sugestão de que avançamos e de que a Igreja Católica está a dar passos largos pela igualdade de género. Nada mais perverso enganador para quem pensa que tapa o sol com a peneira. O que fizera, afinal, foi dar mais um sinal do sexismo parolo e anacrónico grave que mina a Igreja hierárquica de alto a baixo. A marca sexista foi criada por homens que a sustentaram em exegeses que ignoram a maioria dos membros da Igreja, as mulheres, que até foram as primeiras a chegar ao túmulo vazio. Esta «política» - sim política, porque chamar a isto pastoral ofende Deus e a verdade do Evangelho - resultou durante centenas de anos, mas hoje não resulta, as pessoas não são estúpidas, cresceram e sabem discernir onde está a seriedade e a verdade. Entretanto, se a verdade não está, logo os vários mecanismos das redes de comunicação se encarregarão de divulgar o que os príncipes purpurados esconderam. A minha total solidariedade para com as mulheres Católicas que fazem mais de 90% do que é a Igreja Católica em todo o mundo. Obrigado a essas verdadeiras mestras do serviço.
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