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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A vida inteira e não só pela metade

o antigo Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes dizia: «Somos como o canhão, recuamos para que o projéctil vá ainda mais longe». Esta necessidade de parar e de fazer silêncio, é muito importante para pensar a vida e tudo o que ela implica para a o bem de cada um e do mundo que nos rodeia. Muitas vezes o ficar quieto e o estar calado não significa, de modo nenhum, subserviência ou passividade perante as coisas que passam, mas significa procura lúcida de um bem próprio para melhor servir a vida e a cumprir melhor a missão. A paixão pela vida, pelo que sou e pelo que posso dar, obriga-me a olhar a própria história com amor e compaixão para depois me relançar outra vez sobre o que sou. Olhar a própria história, é a possibilidade de reconciliar-se consigo mesmo, harmonizar o espaço, organizar-se, criar espaço para poder funcionar e relançar-se outra vez sobre as coisas da vida. É preciso valorizar e acolher com amor aquilo que somos e temos dentro de nós. Não há outra história da salvação de Deus à margem da nossa história pessoal. A história da salvação é a história da humanidade. Estar contra esta forma de pensar a acção de Deus é violar o projecto de salvação de Deus para o mundo e para a humanidade toda. Reparemos na frase de Martin Buber: «Deus não me pedirá contas de não ter sido Francisco de Assis ou mesmo Jesus Cristo. Deus vai pedir-me contas de eu não ter sido completa e intensamente Martin Buber». Nem mais!

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