tanto blá blá blá acerca da TAP, que já cansa. Onde está uma empresa de milhões de clientes que trate cada um deles individualmente bem, ainda mais se essa empresa tem como único objectivo ganhar dinheiro? - Deixemo-nos de luzes... Mas, lá anda uma meia dúzia de madeirenses a se entreter com as viagens da TAP. Conversa e mais conversa. Entretanto há madeirenses a nascer e outros a morrer. A vida continua feliz e infeliz também. A vida não é só viagens de avião para sair da ilha. Mas agora vejo que aquela porção de madeirenses que vive em trânsito anda acalorada com subsídios e viagens, ainda não percebi o que querem. Graças a Deus que de vez enquanto tenho a possibilidade de sair da ilha e gosto de sair de avião, mas procuro programar com antecedência e escolho aquelas viagens mais acessíveis. Não me tenho dado mal. Compreendo que outros tenham de sair mais vezes, estudantes, empresários, políticos e quem gosta de andar sempre no ar. Mas, há muito paleio e espremendo-se este palavreado, fica uma conclusão, nem governos nem TAP defendem ninguém, cada um olha para os seus interesses, mas tem sido feio que os governos, que deviam defender os madeirenses, têm feito deste assunto um jogo do rato e do gato para fazer campanha eleitoral. Vamos esquecer por uns tempos esta história de viagens, subsídio assim subsídio assado, e quem quer viajar sem pagar, que fique em casa ou que pegue no seu carro e dê a volta à ilha, leve um garrafão de vinho seco e coma papos secos com bacalhau. Deixemo-nos de conversa fiada, aproveite-se o tempo para nos concentrarmos nos verdadeiros problemas que afligem os madeirenses todos e não apenas aquela minoria que viaja. Esta missão compete especialmente a quem tem responsabilidades públicas e os jogos partidários com assuntos sérios resultam sempre em desgraça para todos. Tanto fogo de vista com um assunto, que a meu ver se resolve da noite para o dia e numa penada só, bastava que a roupagem partidária ficasse à porta das mesas das negociações. Mas é o que temos. Enfim, enquanto isso, certo é que se continua a nascer e a morrer, pois «Palavras, leva-as o vento».
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