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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Até amanhã, se Deus quiser

a jornalista Fernanda Câncio não gosta a Dina Aguiar, jornalista da RTP que apresenta o programa Portugal em Directo, a despedir-se dos portugueses com a expressão «Até segunda-feira, se Deus quiser», e criticou nas redes sociais, questionando se Portugal tem uma «televisão pública teocrática». E se «Isto é o quê? A TV da paróquia?», questionou Fernanda Câncio. Diana Aguiar, respondeu à crítica e os seus colegas saíram em sua defesa. 
«God bless the Queen
God Bless America
GOD BLESS PORTUGAL (digo eu)
GOD BLESS US
Até amanhã se Deus quiser (há 40 anos que o digo numa empresa a RTP onde há liberdade de expressão)
ISTO NÃO SÃO EXPRESSÕES COMUNS?”.
Foi desta forma que Dina Aguiar, de 65 anos, respondeu à jornalista Fernanda Câncio, que na semana passada se insurgiu contra as expressões que utiliza no ecrã, através de uma publicação nas redes sociais. Não tinha nenhuma intenção de perder tempo e energia com isto, mas face às repercussões achei que devia também pensar alto sobre esta babuseirada. Tem o direito Dina Aguiar de usar as expressões que muito bem entender, desde que não firam a sensibilidade de ninguém. E tem a Fernanda Câncio o direito de expressar a sua indignação face ao direito de expressão da sua colega de profissão. É assim a democracia que defendo. Obviamente, que Câncio indignou-se por ser uma frase de cariz religioso. Porém, esta aversão a tudo o que seja religioso no âmbito público tornou-se uma obsessão que a meu ver começa a roçar o psicótico e o doentio. Não devíamos perder tempo com isto e antes devíamos estar a gastar tempo e energia com as centenas ou milhares de expressões e comportamentos que todos os dias as televisões, a internet e todos os meios de comunicação passam e que sugerem e supõem a violência, a xenofobia, a discriminação sexual, o ódio contra as minorias, o desprezo pelas vítimas e pelos mais pobres. Esta seria sim uma causa interessante, para que não emergissem tantas cabeças cheias de ódio e desprezo pela diferença. Não me indigna de forma nenhuma expressões que convidem ao bem, à paz e à fraternidade entre as pessoas, por exemplo: «se Deus quiser»; «vou bem, graças a Deus»; «Estou melhor graças a Deus» «vai em paz e que Deus te acompanhe»; «Que Deus te dê saúde e paz sempre»; «Deus te abençoe»; «Se Deus quiser vamos conseguir»… Estas entre tantas outras expressões onde Deus entra sempre para o bem e nunca para o mal, fazem o bem e manifestam sempre o desejo de sucesso para todos. Enfim, oxalá Fernanda Câncio não leia este texto, senão, estou frito, sem Deus querer e eu também.

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