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segunda-feira, 11 de junho de 2012

À distância de um porquê

I. Porquê um suspiro diante da solidão
Um sorriso construído na distância
Porque a teimosia dita o jogo
Das palavras que o verbo leva no grito do vento.

II.
Não sabe o porquê de uma injustiça
Um sentido silêncio em nome do absurdo
Quando a dupla verdade que se esconde
Na claridade do dia
Terrivelmente brilha no cintilar da noite.
- Ó pobre dignidade que se verga
Ao fardo da sorte sem merecimento.

III.
Como te odeio noite da morte
Do sem porquê da distância
Que revela a tristeza do vazio
Mais a não relação dos dias contados
No pensamento da memória inglória
Da paz que desejo no ecoar do sorriso.

IV.
Mas se vejo a esperança perdida do encontro
Faz uma prova que encanta em divina luz
Sei que não virá o que desejo
Porque no porquê da distância
Não mora o defeito
Mas antes o feitio dos dias contados
Da alma que se deixa levar ao fim
Mesmo que a total perdição
Nada se importe com a dor da distância
Sem qualquer porquê.

V.
Nessa dureza do antes, do depois e do agora
Sinto um presságio na linha do horizonte
Uma libertação
Uma certeza de que o melhor prevalecerá.
E mais não digo da distância de um porquê.
José Luís Rodrigues

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