Estamos diante de um
tempo novo. Cada tempo é sempre novo. Se quisermos um «devir» constante segundo
Heráclito, porque nada ainda não nos foi dado viver. Apesar de tudo cada tempo é
aliciante e rico.
O nosso país celebra hoje o «seu»/«nosso» 25 de Abril, esta data crucial, que revelou a um povo um devir novo, um alvor de esperança e a liberdade de uma sociedade mais justa, mais humana e fraterna. Passados quase 40 anos foram vividos esses valores de alguma forma, mas a que chegamos senão a sérias ameaças sobre o que representou e representa esta data e a Revolução de Abril. Já foram várias as políticas e as várias formas de governação que às vezes foram/são interessantes, sonhadoras e empenhadas no bem para todos. Mas, outras vezes interesseiras, subjugadas aos grandes grupos económicos e financeiros, que vão conduzindo ao empobrecimento do povo, saneando os seus direitos e ameaçando os valores essenciais da democracia.
O nosso país celebra hoje o «seu»/«nosso» 25 de Abril, esta data crucial, que revelou a um povo um devir novo, um alvor de esperança e a liberdade de uma sociedade mais justa, mais humana e fraterna. Passados quase 40 anos foram vividos esses valores de alguma forma, mas a que chegamos senão a sérias ameaças sobre o que representou e representa esta data e a Revolução de Abril. Já foram várias as políticas e as várias formas de governação que às vezes foram/são interessantes, sonhadoras e empenhadas no bem para todos. Mas, outras vezes interesseiras, subjugadas aos grandes grupos económicos e financeiros, que vão conduzindo ao empobrecimento do povo, saneando os seus direitos e ameaçando os valores essenciais da democracia.
Tendo em conta o
contexto que vivemos hoje e é isso mesmo que nos importa, reparamos que o
Estado Social, está ameaçado, a liberdade cada vez mais condicionada e a
expressão do pensamento vai sendo cada vez mais cerceada com mecanismos cada
vez mais subreptícios e coisa pior sob o horrendo sentimento que é o medo da
perda. A perda do emprego, o medo da fome, o medo da pobreza, o medo de ser
mais um excluído socialmente falando, o medo de não ser gente, porque se perdeu
o chão e o lugar na comunidade/sociedade.
Assim sendo, face aos
acontecimentos de hoje mais do que estarmos preocupados com a falta de dinheiro ou
com o facto de vermos a economia crescer pouco, coisa que não é de somenos, considero, mas seria importante concentramo-nos na
luta pela liberdade e pelos princípios democráticos. É horrível
ouvirmos o grito a tanta gente que vai pedido «precisamos de mais um Salazar»
ou de uma «pide para endireitar isto»… Quem assim fala não sabe o que diz e ainda não se deu conta dos valores que temos entre mãos. É preciso pensar e acarinhar
a liberdade, o direito de escolher quem nos governa, o direito à igualdade de
oportunidades, a livre expressão do pensamento por mais estúpido que seja, o
direito à propriedade e entre tantos outros direitos que fazem uma sociedade ser
saudável e se quisermos mais humana, mais justa e assente na fraternidade.
Não podemos permitir
que sejam violentados estes direitos, estes valores, criando mecanismos bem
claros que combatam a irresponsabilidade na governação, que travem todas as
formas de corrupção, que não permitam que os incompetentes, os lambe botas e
todos os energúmenos que a sociedade democrática ainda vai produzindo que
depois têm a possibilidade de se abeirarem do pote do bem comum, que o sugam
até ao fundo sem olhar a meios para alcançar os seus intentos contra toda a justiça
e contra a distribuição equilibrada dos bens que estão destinados a serem instrumentos para a
felicidade de todos. Precisamos de uma nova revolução do pensamento e de nos
concentrarmos naquilo que é importante mesmo nos tempos em que vivemos.
Muitas das diversões que se vão levando a cabo servem apenas para exorcizar a irresponsabilidade e a corrupção, serve para esconder o que faz falta (como canta a canção de Abril), serve para nos remeter a simples consumidores, serve para nos escravizar sob o medo, serve para nos atrofiar as ideias e o pensamento, serve para não vermos o que importa, serve para esconder as falcatruas e os joguetes que beneficiam os poderosos, servem para nos tirar da sociedade e fazer de nós meras figuras decorativas amorfas para que a verdade passe ao lado e o que se deseja levar adiante passe incólume sem reflexão e sem crítica...
Livre-nos Deus desta sociedade e desta democracia ao gosto dos interesses de alguns.
Livre-nos Deus desta sociedade e desta democracia ao gosto dos interesses de alguns.
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