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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Santa Catarina de Sena


Hoje, 29 de Abril (2013), celebramos memória de uma mulher, uma grande, que nos merece o maior destaque e júbilo pelo que ele foi e representa quanto ao sonho da mudança. Reparemos na enorme biografia que nos dá o site do «EVANGELHO QUOTIDIANO». Curiosamente, a sua idade é muito curta. Mais um exemplo que pouco ou nada importam os anos que se conta enquanto estamos neste mundo, mas a intensidade com que se vive cada ano que vai passando.
Santa Catarina nasceu em Sena, no dia 25 de Março de 1347. Na Europa, a peste negra e as guerras semeavam o pânico e a morte. A Igreja sofria pelas suas divisões internas e pela existência de "antipapas" (chegaram a existir três papas, simultaneamente).
Desejando seguir o caminho da perfeição, aos 15 anos Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Viveu um amor apaixonado e apaixonante por Deus e pelo próximo. Lutou ardorosamente pela restauração da paz política e pela harmonia entre os seus concidadãos. Contribuiu para a solução da crise religiosa provocada pelos antipapas, fazendo com que Gregório XI voltasse a Roma. Embora analfabeta, ditava as suas cartas endereçadas aos papas, aos reis e líderes, como também ao povo humilde. Foi, enfim, uma mulher empenhada social e politicamente e exerceu grande influência religiosa na Igreja do seu tempo.
As suas atitudes não deixaram de causar perplexidade nos seus contemporâneos. Adiantou-se séculos aos padrões da sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. Deixou-nos o "Diálogo sobre a Divina Providência", uma exposição clara das suas ideias teológicas e da sua mística, o que coloca Santa Catarina de Sena entre os Doutores da Igreja.
Morreu aos 33 anos de idade, no dia 29 de Abril de 1380. Excelente. Admirável.

Agora vai aqui também um texto desta fascinante mulher…
«Vós, Trindade eterna, sois meu Criador e eu, vossa criatura.
De novo me criastes no Sangue de vosso Filho.
Nesta nova criação conheci que vos enamorastes
da beleza de vossa criatura.

Ó abismo, ó eterna divindade, ó mar profundo!
E que mais poderíeis dar-me que dar-vos a mim?
Sois fogo que sempre arde e não consome.
Sois fogo que consome todo o amor-próprio da alma.
Sois fogo que destrói toda a frieza.

Iluminais... e, em vossa luz, conheço-vos e vos
represento em mim como sumo e infinito Bem,
acima de todo bem;
Bem incom­preensível, feliz, inestimável!
Beleza acima de toda beleza,
Sabedoria acima de toda sabedoria,
antes, sois a própria Sabedoria.
Vós, ali­mento dos Anjos,
vos destes aos homens com fogo de Amor.
Sois veste que cobre toda nudez,
com vossa doçura alimentais os famintos.
Doçura sois, sem amargura alguma.

Ó Trindade eterna, na vossa luz que me destes ...
conheci ... o caminho da maior perfeição,
a fim de que na luz e não em trevas vos sirva,
seja espelho de boa e santa vida,
e me tireis da minha miserável vida, pois,
sempre, por meus defeitos, vos servi nas trevas ...
E vós, Trindade eterna,
com vossa luz destruístes minhas trevas».
Santa Catarina de Sena

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