A nuvem já era
negra. Mas agora fica espessa... Impenetrável. Basta repararmos que está
assinada quase anonimamente. «Diocese do Funchal»: mas quem é? Não tem rostos?
Não tem nomes? - Continuamos com triste e abjeta mania nesta terra que uns são muito inteligentes (melhor, espertos), mas a maioria é tonta e estúpida... Acho que já chega de nos considerarmos assim. A misericórdia exige que se rompa este tenebroso mito.
Destaco desta
nota sobre notas: «E sabem que isto é feito através da “Obra da D. Eugénia”, que foi criada
pelo anterior Bispo e que, desde então se encarrega disso». Como? - Digam outra
vez, não percebi...
Por aqui me
fico, porque este assunto e exatamente como tantos outros fede e muito... Não
pretendo conspurcar-me com este «pecado». Mas se alguém pretender ler uma análise
interessante sobre como funcionam as coisas deste mundo quando se trata de algo esquisito que chamam igreja longe da «vontade de
Deus» PODEM LER AQUI…
Vamos à nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA DIOCESE DO FUNCHAL
Obra D. Eugénia Bettencourt
Nos últimos dias, têm vindo a público algumas notícias acerca do legado da
Sr.a D. Eugénia Bettencourt, gerido pela Obra D. Eugénia.
A notícia da última decisão do tribunal e os comentários que a acompanharam
não traduzem o verdadeiro sentido da questão. O tribunal da Relação de Lisboa
reconheceu ao testamenteiro o direito de exigir o cumprimento do legado. Isto
é, o testamenteiro tem o direito de saber se os valores deixados pela S.ra D.
Eugénia foram ou não gastos com doentes oncológicos pobres da Diocese do
Funchal. Esse direito nunca foi negado.
Já foram explicados ao testamenteiro os benefícios concretos distribuídos
aos beneficiários da deixa testamentária. Só que ele não concorda com essas
aplicações e distribuição, sendo de opinião que as aplicações e distribuição
devem ser diferentes. Se a S.ra D. Eugénia quisesse que a distribuição fosse
feita de acordo com a vontade deste, testamenteiro, então tê-lo-ia designado
como beneficiário, e não como testamenteiro.
Acontece que, no primeiro processo, ficaram reconhecidas pelo próprio
testamenteiro, algumas das obras e aplicações da Diocese, só que ele, então,
invocando não estar de acordo com essas aplicações, veio pedir esclarecimentos
e informações. O que foi indeferido de forma definitiva pelo Tribunal.
No processo seguinte, então, o testamenteiro veio dizer ao tribunal que o
legado não foi de todo cumprido! O tribunal do Funchal entendeu que tinha
caducado o direito a tal pedido. O tribunal da Relação, veio dizer que não, que
ele pode pedir o cumprimento do legado. Só que, neste particular todos sabem
que o legado tem sido cumprido, todos sabem que tem havido benefícios
distribuídos. E sabem que isto é feito através da “Obra da D. Eugénia”, que foi
criada pelo anterior Bispo e que, desde então se encarrega disso.
Por último, importa esclarecer algumas insinuações de que a Diocese
pretende esconder a informação ou de que terá havido uma aplicação diferente da
pretendida pela testadora.
Podendo não ser do agrado de todos, o legado tem sido cumprido pela forma
que melhor foi entendida. A forma de aplicar esses valores varia claramente de
acordo com a sensibilidade e a consciência de quem os gere. Possível seria uma
distribuição pura e simples dos valores por todos os doentes oncológicos
conhecidos, ficando desse modo terminada a questão – todos reconhecemos que não
foi essa a vontade da testadora – ou, em vez disso, uma gestão cautelosa que
permita ajudar os doentes beneficiários com os rendimentos. Com este propósito,
foi criada a “Obra D. Eugénia” que se encarrega da referida gestão.
Tem sido dada de forma frequente informação pública das atividades
desenvolvidas de forma frequente. Para se fazer uma ideia, ao longo de vinte
anos, mensal e ininterruptamente, tem sido sempre distribuído um valor superior
aos rendimentos dos bens a um número de beneficiários que tem variado entre 35
e 50, e que em termos de apoio direto aos doentes já ultrapassou o meio milhão
de euros. A título exemplificativo, um meio de comunicação social noticiava em
Dezembro de 2011 que “atualmente, a obra D. Eugénia ajuda 35 doentes e, em
relação às contas de 2010, tornadas públicas pela direção, os apoios foram da
ordem dos 30.605 euros e as despesas/encargos com o património imóvel e outros
somaram os 8 mil euros”, apoios e encargos que se mantêm atualmente.
A diferença entre as receitas e as despesas é mais do que compensada,
reconheça-se, pelo uso por alguns Serviços da própria Diocese, de imóvel que
pertence à Obra D. Eugénia. Esta compensação traduz-se em entregas monetárias
que permitem manter sem interrupção os benefícios aos doentes necessitados.
Concluímos, reconhecendo que mesmo passados mais de vinte anos a memória e
a vontade da Sr.a D. Eugénia mantêm-se viva e cumprida, obviando às
necessidades e dificuldades de muitos doentes oncológicos da nossa região.
Funchal, 15 de janeiro de 2016
Diocese do Funchal
1 comentário:
Padre José Luís Rodrigues, Amigo e Irmão, isto é tudo uma trapalhada. Tal como o meu ilustre Amigo não percebi mesmo nada. É uma enxurrada de palavras para ludibriar o leitor dessa estranha prosa. Nunca soube da montante à jusante o património da diocese. Sei que se faz sempre agachadinha, pobrezinha, eternamente, pedinte. Vejamos o caso do Jornal da Madeira....Bom Fim de Semana. Grande abraço
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