João Francisco Kiko no espaço «Deus e eu» esta semana.
Este rapaz, jovem de corpo franzino, é um vulcão em constante irrupção. Uma força da vida e da natureza que não deixa ninguém indiferente.... Bem vindo ao Banquete e o obrigado pelo teu testemunho de fé tão exemplar para mim. És um «apóstolo da alegria de Deus». Bem hajas por intuíres isso e nos contagiares tanto com essa dádiva.
Sem
dúvida é uma alegria receber um convite destes do meu amigo e pároco José Luís,
a quem agradeço pela lembrança e confiança, mas também pela oportunidade de
olhar um pouco a minha vida e ver a quantidade de vezes que as pegadas na areia
era apenas 2, porque Deus me levava ao colo. Parabéns por esta rúbrica.
Desde
muito novo, pelas circunstâncias da vida, muito em concreto uma doença que
caminha desde sempre comigo, tinha muitas pessoas que me diziam que tinha e
devia rezar muito, a Deus e a Maria, que “eles” ajudavam e não abandonavam
ninguém, e se fechavam uma porta abriam uma janela. E apesar destas
circunstâncias, sentia dentro de mim, e visível na minha forma de viver uma
alegria, especial, a tal janela que Deus abriu, mas que só muito mais tarde viria
a perceber. E todos nós temos uma vontade intrínseca de dar nome às coisas.
Com
as oportunidades que a vida me deu, uma educação numa escola cristã como os
salesianos, ser escuteiro desde muito cedo, e outras experiências, de âmbito
cristão e não só, e tantos em quem ao longo destes anos conheci e vi no rosto
esse Jesus, descobri que essa minha mesma alegria e energia tinham e têm um
nome, tem um rosto... Jesus!
Por vezes impressiona-me quando conhecemos cristãos
tristes, enfadonhos. Não pode ser esta a cara, a vida de uma pessoa que conhece
realmente este Jesus que é caminho, verdade e vida. Este Jesus que vive todos
os dias em nós. Um Deus que é um Deus da vida, e não da morte, como muitas
vezes “à boca cheia” proclamamos, mas nem sempre o vivemos.
A minha relação com
este Deus não tem muito que se lhe diga, e quem não a tem não pode perceber o conteúdo,
mas pela sua simplicidade, é difícil de explicar, mas acho que
isso torna-a tão especial, próxima e genuína. É um Deus com quem posso
conversar, com quem posso simplesmente brincar, e ser verdadeiro, e até contar
piadas das mais estúpidas que podem haver. Mas também um Deus com quem discuto,
com quem desabafo, a quem exijo tanto por vezes, com quem amuo e com quem faço
as pazes.
Um Jesus na 2ª pessoa do singular, Tu, Jesus! E não o “Senhor” Jesus
que por vezes nos distância de um Jesus tão próximo, tão genuíno, tão humano
mas ao mesmo tempo tão sagrado. Aquele Jesus que me permite entrar numa igreja
e sorrir-lhe, piscar-lhe o olho, até acenar apesar de poderem pensar que estou
louco, e perguntar: “Como é Jesus, está tudo bem contigo?”. E mais do que isso,
um Jesus que está presente no rosto de tantos que comigo caminham.
E tal como
um bom bolo tem o seu segredo, o ingrediente especial desta relação é apenas
um: a Alegria. E é uma alegria que Ele me leva a partilhar, de muitas formas,
como é a música uma das formas privilegiadas e que tanto nos aproxima um do
outro e dos outros, mas acima de tudo a partilhar com a minha vida, para que
através dela muitos possam também se aproximar e conhecer este Deus da alegria!
Como se costuma dizer e assim finalizo: HAJA ALEGRIA!
João Francisco Kiko
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