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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Vamos rezar juntos

é sempre muito fácil perder-se a alma e ocupar o coração com os bens deste mundo. Todos os bens servem para vivermos bem e promovermos a dignidade da vida. Ter bens e viver mal é um disparate. Por isso, quando estamos fixados em demasia nos bens como se fôssemos eternos neste mundo, estamos fora bêbedos pela soberba e cegos pela ilusão. O que valerá andar a roubar descaradamente, a fazer falcatruas para açambarcar tudo o que esteja ao alcance e até muitas vezes até o que está além do possível? - Nada, zero! Desejar tudo como se o mundo acabasse estivesse em exclusivo só e unicamente para uns e só para alguns. Vai daí que temos um mundo desigual, com a natureza desregrada e uma parte da humanidade cada vez mais insensível perante os direitos dos outros. Os critérios da ganância e do egoísmo, semeiam escravidão e miséria. Tudo é sempre pouco para a avidez insaciável e a loucura da tirania do dinheiro (o deus do mundo). Daí que cada vez mais se impõe a necessidade do desprendimento e a consciência da conta, peso e medida, daquilo que é necessário para que se tenha uma existência com a devida qualidade. O "vazio" interior não se preenche com as fortunas exteriores, mesmo que muitos façam brilhar os olhos com essa ilusão vaidosa. Devemos procurar os caminhos que nos conduzam aos valores e no fim seguramente que nada daquilo que é necessário para ser feliz nos faltará. 

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