não julgar para não ser julgado. Quem acha que não é pecador, mente. Mas há tanta gente que sabe tanto dos deveres dos outros e da ética dos outros que nos deixa desconcertados, quando se sabe que esses tais se esquecem facilmente a propósito e a despropósito dos seus ou simplesmente deles disfarçam não saber patavina. Para os outros serem e fazerem é tudo tão fácil, para si próprios não interessa e até se esquecem de propósito daquilo que é seu, porque os outros não irão notar, pois convenceram-se que lhes basta encher-lhes o juízo a apontar os seus erros e defeitos. A vida funciona assim descaradamente, a fazer-se juízos de valor e a apontar os defeitos dos outros sem que se faça a mínima sobre o que cada um devia limar e melhorar em si próprio antes de apontar a lista das virtudes e dos deveres que os outros deviam realizar. Tanto do que se vê de mal nos outros obra julgar, não raramente é o reflexo dos estragos interiores de quem julga. Tanta esperteza a fazer tanto mal, porque as virtudes e a perfeição estão no mundo mesquinho de quem se faz juiz, mas não se esqueça o seguinde: "A maneira mais segura de se ser enganado é julgar-se mais esperto do que os outros" (Franciosi La Rochefoucauld).
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