não concebo uma Igreja fora do protagonismo laical como base do verdadeiro sentido do "ser Igreja", reunião e conjugação de todos os batizados para a celebração do mistério. É a Igreja "Povo de Deus", expressão assumida pelo Concílio Vaticano II, inspirando-se na doutrina de São Paulo e São Pedro. A base da reflexão de toda Igreja é o povo de Deus. É um povo sacerdotal, profético e serviçal. Este tripé do "ser Igreja" nasce em cada pessoa, quando no momento da unção do óleo do Crisma, fica marcada na cabeça em nome de Cristo Profeta, Sacerdote e Rei. Esta é a minha igreja que sai dos parâmetros das pirâmides hierárquicas, com títulos e sacramentais honoríficos que geram desigualdade e injustiças flagrantes. Esta Igreja não é a do Evangelho, que se forma sob a luz da fraternidade e do amor de Jesus por todos e cada um. A outra igreja hermeticamente hierárquica nasce romanizada, porque se inspira e forma como herança do poder faustoso da defunta nomenclatura das cortes do Império Romano. A Igreja quando é noticia mais pelo que enche a vista, pelos títulos, pelas promoções e pelos arranjos hierárquicos, desnaturaliza-se, atraiçoa a sua génese doutrinária, que é uma fonte que jorra a água viva da igualdade, da liberdade e da fraternidade. Porque todos são Igreja, bebamos desta fonte.
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