"O que faz andar o
barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê" - Platão
Vou em caminho com escolhos
Com o coração mais que
inquieto
As nuvens estão aos molhos
O céu está longe não está
perto.
Vejo distante a justiça
No rumo que travamos
A tudo se verga a cobiça
É triste o chão que pisamos.
Ouvir gente cega das ideias
É uma dor de alma
A razão é só picos de areias
Se mete água resulta lama.
Mesmo assim vou em caminho
Vá lá tirem tudo o que resta
Mas saibam que não alinho
A pessoa ser lixo que não
presta.
Nestas sombras andamos
O incerto é a única meta
Mas certos ou não lutamos
Com a força que guia o
poeta.
Quando eu for como poeira
Ou folha levada pelo vento
Serei de qualquer maneira
A Deus dom que acrescento.
Neste andar que em escrita
se faz
Mais pareça uma forma de
olhar
O bem na esperança tenaz
Que por esta fé me deixei
guiar.
E foi assim que neste
caminho
Vi na mão algum sentido
Que no som da paz adivinho
Só por isso valeu ter
nascido.
José Luís Rodrigues
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