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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quando as pessoas são coisas


A frase de Fernando Ulrich: «O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta». «Os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos».  - Simplesmente, imbecil...
Estou de acordo com este senhor. O país aguenta mais austeridade sim senhor... Então, aquele país das mordomias, do luxo, a banca, os gestores, os políticos que acumulam salários e pensões altíssimas e toda a cambada de gente que se alimenta com as benesses vergonhosas do Orçamento de Estado em todos os tempos, mesmo até, escandalosamente, em tempos de crise como este que estamos a viver…
Na Madeira, então temos uma Madeira prontinha para que se carregue mais austeridade sobre ela. A Madeira da classe política que recebe mensalmente salários e pensões, alguns levando para casa todos os meses 10 mil euros entre outros valores que só Deus sabe, o Jornal da Madeira que esbanja diariamente 11 mil euros, as obras inúteis que se estão a fazer para um caís norte na nossa cidade que o mar já concertou por três vezes em dois meses, toda a Madeira das festas e festanças à conta do erário público e todas as mordomias que ainda beneficiam todos os que são colocados em locais estratégicos da Administração pública... Há um país e parcelas grandes do país que suportam muito mais austeridade, senhor Ulrich. Por isso, força com eles!  
Todo o que país que ainda não sabe o que é a crise aguenta mais austeridade. Esse país deve ser chamado a contribuir para resolver os problemas que criam ao país com os roubos que fizeram ao bem comum. É obrigatório que passe pela «mais austeridade» que fala senhor Ulrich.
Mas, senhor Ulrich o país dos salários e pensões de miséria não aguenta mais. O país real não… Aquele país que os senhores empobreceram com os lucros altíssimos que os vossos bancos arrecadam todos os anos. Sim, senhor Ulrich, aqueles lucros que vossas excelências publicam nos jornais a gozar com o país real. Uma vergonha.
Por isso, senhor Ulrich peça isso sim mais austeridade para todos os seus amigos instalados nos cargos públicos com os salários e benesses vergonhosas, peça mais austeridade para os gestores de bancos e empresas públicas, exija a devolução do dinheiro roubado ao BPN e que os que enriqueceram à conta dessa máfia paguem impostos do luxo em que estão mergulhados. O senhor Ulrich sabe que os pobres estão a pagar com fome esses tais roubos? - Se não sabe fique pois a saber…
O senhor Ulrich, teve uma oportunidade para estar calado. Mas, a sua cegueira é tanta que vomitou o que lhe apeteceu para agradar a cambada que se presta estar ao serviço da alta finança sem se importar com as pessoas. Oxalá, um dia destes «o melhor povo do mundo», que ao invés de partir montras como anda a fazer o povo grego, a quem ofensivamente o senhor Ulrich fez referência, não vá às ventas de quem se presta a fazer declarações ofensivas contra o povo português como o faz o senhor Ulrich cada vez que abre a boca. Não se admire com o que possa provocar as suas bacoradas incendiárias. 
O desplante e a falta de vergonha dos responsáveis pela injustiça em que está mergulhado o mundo e nosso país especialmente, perderam a vergonha e não se inibe de levar adiante os seus intentos sem qualquer sombra de escrúpulo. Pessoas para esta gente são coisas. Ai, até quanto aguenta mais a injustiça e a horrenda má distribuição da riqueza que grassa no nosso país?

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