Terça-feira dia de Farpas no Banquete…
Em
nome de quem estão estes governantes actuais? Que poderes e pessoas estão a
telecomandar esta gente? Como funcionam assim contra o povo? Porque será que
manifestam tanta insensibilidade social? Porque será que não têm sentido nenhum
do que é a nossa pátria? Porque não olham mais a nossa realidade e menos a
realidade daqueles que os mandam fazer estas barbaridades contra as nossas
famílias e contra o nosso povo? Para onde vamos com esta desgraça de ter que
tolerar gente insensível ao sofrimento e ao empobrecimento do povo que os
elegeu? (…)
Algumas
questões que nos saltam neste momento em que presenciamos uma série de atitudes
que nos deixam perplexos.
Mas
vamos ao que se vai passando nosso burgo. Hoje ao deparar-me com o quadro no
Dnotícias sobre os gastos dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa
Regional dá para ficar intrigado, irritado, revoltado e mais do que desgostoso
com esta democracia que alguns pensam impor a todos nós. Nesta hora lembrei-me
do Eça de Queiroz quando afirma o seguinte: «os Políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e
pela mesma razão». É disto que se trata.
Muita gente não gosta da alternância e prefere manter o que está,
porque já está cheio e quem chega ainda não tem nada, chega sedento para se
encher. Este argumento é patético e justifica as malfeitorias daqueles que se
plantam no poder eternamente. O que ganhamos em manter sempre os mesmos a nos desgovernarem
deste feito? - A mudança constante seria melhor para todos nós. Sinto pena que
o eleitorado não perceba isto. Os políticos eleitos deviam só estar quatro
anos, ao fim desse tempo rua com eles.
Ao olhar este famigerado quadro vemos o que fazem os partidos políticos
com o dinheiro que nos sacam. Não será preciso dizer que ficamos indignados com
os gastos daqueles subsídios horríveis que os partidos eleitos se atribuíram a
si próprios sacados dos impostos de quem trabalha e consome neste país. Uma
vergonha. Porque observamos que tais subsídios são na sua maioria para pagar
salários. Sim, salários da clientela familiar e membros do partido que
representam. Não imaginava tanta gente na retaguarda a trabalhar para os ilustres
senhores deputados. Um escândalo em tempos de penúria e de miséria do povo conduzido
por estes governantes incompetentes.
A cegueira do défice leva-nos à pobreza e ao abismo. Só os
incompetentes que nos desgovernam não vêm isso. Com esta cegueira hipotecamos
os valores democráticos e faz-se o desrespeito das instituições democráticas
como sendo o mais normal porque a austeridade tudo pode e tudo manda. O
Orçamento de Estado entregue na Assembleia da República não pode sofrer
alterações. Está fechado nome dos poderosos obscuros que telecomandam o
desgoverno português. Nesse caso feche-se «a casa da Democracia», a Assembleia
da República, porque o lugar do debate, do diálogo para que tudo seja aprovado
para o bem de todos depara-se com um Orçamento contra o povo e isso está
encerrado porque não podemos melindrar os poderosos que tomaram conta do mundo
e dos povos. Esta obscuridade é preocupante e conduz-nos à tragédia irremediável.
Só os «desgovernantes» não querem ver isso.
Entre nós também a cegueira comanda a vida. Temos um sr. Presidente
do Governo Regional que se limita a vir à Madeira mudar a mala. Anda sempre em
viagem, porque o «reino» que devia governar tornou-se o melhor dos mundos. Não
há pobreza, desemprego, doentes de dengue, escolas sem rumo e outras injustiças
nunca experimentadas entre nós. Assim, dormimos sobre os jazigos de petróleo
que foram descobertos nas inúteis obras realizadas sobre o dinheirinho da
famosa lei de meios.
Mas, melhor ainda assistimos perplexos à disputa entre dois
candidatos à liderança de um partido político. Uma vergonha o que se vê quanto
ao desrespeito de um pelo outro. As regras da mais elementar democracia que
deviam ser cumpridas à risca para exemplo da sociedade em geral, são pura e
simplesmente violadas, sob uma baixaria debitada pelas mesmas vozes e caras que
vemos há séculos à frente desta «freguesia» chamada Madeira. A democracia entre
nós nunca existiu de verdade. Não nos alegramos com isso, mas sentimos revolta
e indignação porque já era tempo de se ver outros rostos e outras propostas que
viessem edificar uma sociedade mais humana, justa e fraterna. Até quando vamos
suportar isto?
Imagens google
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