Um curto ensaio de poema para o fim de semana. Que sejam felizes para todos estes dias...
É o que se sente quando
desliza uma novidade
Uma paisagem nas alamedas
geométricas das árvores
Nas pessoas que se apressam
no rodopio da cidade.
É o que se sente no
deslumbramento das casas
Ante os edifícios antigos e
os novos que se destacam
Quando os admiramos por
serem grandes.
É o que se sente na luz e no
ruído das ruas
Com carros, comércio e tudo
Desde que o movimento exceda
todos os sentidos.
É o gosto pela azáfama dos
dias
Mesmo que chamem stress
Mas não chega para derrotar
esta alegria.
É a abundância cultural da
história
A primordial hora e todos os
tempos
Que cada museu, teatro,
fórum, cinema, galeria (...) pode dizer.
É mesmo que teimem na
floresta de cimento
Os vários oásis que todas as
cidades albergam
Jardins com árvores, flores
e lagos (...) com todos os tons.
É a variedade colossal da
oferta de sabores
Em comida universal de povos
múltiplos vindos de longe
Que se oferecem ao prazer da
degustação.
É a diversidade de cheiros
ora bons ora maus
Com que o ar da cidade se
contamina
Mas nessa contingência sacia
a curiosidade.
É o fascínio pela cidade que
enforma
A alma que aí se encontra na
comunhão
Da densidade do tudo. E eu
gosto disso.
José Luís Rodrigues
1 comentário:
Boa tarde!
Escrito desta forma a "floresta de cimento" afigura-se como um lugar aprazível.
Talvez pela alma serrana, o coração preso nas paisagens do verde da infância e um espírito que realiza na plenitude do azul, o bulício da cidade pouco me diz, diria mesmo rejeita-me.
Gostei deste ensaio, da forma como traduziu a "magia" característica desse meio.
Obrigada pela partilha!
E, se me permite, dou-lhe os parabéns pela forma como escreve.
Acho que tem uma forma ímpar pouco comum de comunicar.
A "sua poesia" é um exemplo disso.
Paulina
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