Para todos vós bem vindos leitores deste blogue. Sejam felizes sempre!
O canto retine nas paredes solenes do templo
Ante o assombro da virgem e dos santos
Mais o discreto sorriso dos anjos solitários
Que o fado ecoa na oração da voz de Deus.
No centro do mistério diz presente o sacrário
Onde se guarda a divindade do amor redentor
Quando passa o timbre da esperança em fé
Ou são os sons da penumbra da vertigem.
Na leveza insustentável do ser supremo
Que esta vida me desvela para sempre
Naquele momento em que dizem reza
Está como diálogo uma amizade sem nome.
Mas com todo o tempo para o sentido que busco
Nesta dádiva da paz que me serviram no manancial
Em cada liturgia da amizade que se aprende
Na relação com Deus e com os outros.
E mais não viram senão beleza
As colunas talhadas do trabalho
Suado na ponta do machado vertiginoso e cortante.
Na oficina da labuta da paciência enorme
Dos mestres bafejados com a sorte do dom
E com a arte de cortar a lenha que veio da encosta
Onde se aconchegam as sementes prometidas
Às árvores e a nós que saboreamos agora nesta visão
O que resulta dessa eterna simbiose do amor criação.
Eis para sempre o que é a única arte: viver!
José Luís Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário