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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Para onde vai a política da vingança?

O que se vai passando na nossa terra está completamente fora dos parâmetros da ética humana e dos valores democráticos. A vingança contra quem pensa de modo diferente e que tenha tomado opções que tenham ido contra a hegemonia habitual, está a tornar-se insuportável e é muito grave que assim seja. Mais uma vez se prova como estamos longe, muito longe da verdade democrática. Não se admirem de quem nota que vivemos em «deficit democrático». Lembram?
A esquizofrenia geral em que mergulhou a Madeira está a ser horrível. Como é possível existirem pessoas que assinam por baixo, de forma cega todas as patifarias que resultam do espírito da vingança? Como se dá lugar à insensatez de executar medidas que são claramente para todas as pessoas medidas infantis que resultantes do não saber perder ou mau perder? Como se juntam forças políticas contra natura para fazer passar medidas que se enquadram dentro desse espírito de vingança e que são claramente para empatar as outras medidas que seriam importantes realizar em favor das populações especialmente as mais carenciadas? Por onde anda a coerência? Como se entra em joguetes baixos de baixa política em tempos de penúrias e de tenebrosas dificuldades para uma grande parte das famílias da nossa terra? – Dizer intolerável a tudo isto, é muito pouco… Espero que na devida altura os eleitores sejam lúcidos e ponham na ordem, estes mascarados que desfilam no palco da nossa vida todos os dias, fazendo da Madeira um Carnaval trapalhão o ano inteiro.
Dado que as famílias se contorcem com a chaga do desemprego e estamos em tempo de pagamento de uma dívida que não foi feita por nós, mas por gente irresponsável, que se divertiu à conta disso fazendo conta que governava, era necessária maior responsabilidade dos muitos jovens que nas últimas eleições entraram no desafio de terem sido eleitos para gerir os destinos das populações. Todos deviam colaborar ao máximo para banir a intolerância, a falta de respeito pelo povo e fazer morrer à beira da praia todo o espírito de vingança. É o mínimo que se exige e com isso já estaríamos a caminhar para fazer nascer o espírito da democracia que tanto desejamos que comece acontecer entre nós. A política da vingança de qualquer teor não leva a lado nenhum e não serve em nada as nossas populações que neste momento anseiam que os seus destinos sejam tomados a sério e que sejam respeitadas as suas dificuldades. Na medida do possível devem ver minoradas as chagas que afectam a sua vida. Aos políticos todos, está incumbida essa tarefa.
Precisamos de muitas pessoas em todos os partidos, que sejam sérios, honestos, transparentes, lutem com todas as forças pela justiça e pelo bem comum. Não suportamos mais a irresponsabilidade, o disfarçado desgosto de não saber perder e por causa disso a vingança. Esta vil glória de mandar rasteira não pode estar mais entre nós, os tempos exigem respeito por todos, diálogo franco com todas as forças e humildade respeitosa diante das opções que os eleitores vão tomando. É isto democracia, é isto serviço público, é isto amor ao povo que se diz servir.   

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