Grupo 5 do questionário do Lineamenta para o Sínodo extraordinário sobre a família. Eis o meu contributo...
QUESTIONÁRIO (V)
a)
Existe no vosso país uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do
mesmo sexo, equiparadas de alguma forma ao matrimónio?
- Sim, existe.
b)
Qual é a atitude das Igrejas particulares e locais, quer diante do Estado civil
promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas
envolvidas neste tipo de união?
- A atitude das Igrejas particulares e
locais em relação a estas leis tem sido simplesmente ignorar com medo de se
meter em polémicas.
c)
Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em
conformidade com este tipo de união?
- Ainda há uma homofobia transversal a
toda a sociedade e se quisermos ser justos, muito forte dentro das comunidades
cristãs-católicas. Apelar ao respeito e permitir que cada pessoa siga o seu
caminho sem que se violente a sua dignidade. Não condenar e abrir-se a todos os
que desejem participar na vida e na oração da Igreja estejam em quaisquer
condições. A Igreja pode ter um papel importante para reverter o sentimento
terrível que se instalou no coração da humanidade dos nossos dias contra os
casais do mesmo sexo e contra tudo o que seja diferente. A pluralidade e diversidade
são amadas por Deus. É preciso respeitar e integrar, depois deixar ao cuidado
de Deus a salvação, nós, Igreja, somos apenas instrumentos dessa acção salvífica
de Deus.
d)
No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adoptaram crianças, como é
necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé?
- Sempre com a ideia do
acolhimento e do respeito bem presentes. Alguns casais do mesmo sexo têm
crianças ao seu cuidado que resultam de anteriores relações falhadas, para
todos os efeitos formam uma família, por isso, devem ter à sua disposição a
misericórdia e o amor da Igreja. Ninguém deve ser desprezado porque está a
crescer num contexto que não é o habitual ou o dito normal. Mais razão deve aí
encontrar toda a Igreja fortes desafios para viver os valores do Evangelho
seguindo o exemplo de Jesus que não marginalizou ninguém nem muito menos quando
confrontado com a realidade seja conditio
sine qua non a situação concreta de vida de cada pessoa para derramar o amor
e a salvação.
Sem comentários:
Enviar um comentário