Grupo 6 das perguntas sobre a família para o Sínodo...
Para quem deseja ler e responder às perguntas pode fazê-lo aqui: http://www.vatican.va/roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20131105_iii-assemblea-sinodo-vescovi_po.html
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QUESTIONÁRIO (VI)
6. Sobre a educação dos filhos no
contexto das situações de matrimónios irregulares
a)
Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em
relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas?
- As situações estão a tornar-se tão
comuns e tão do nosso quotidiano que quase não se nota diferenças
significativas na convivência entre as crianças e adolescentes no processo
educativo. Face à crise as diferenças mais notórias prendem-se com a riqueza e
a pobreza… No entanto, haverá sempre casos que resultam de separações
conflituosas, onde se nota nas crianças e nos adolescentes a tristeza, o
desencanto e a falta de interesse pela aprendizagem. Outras vezes também se
nota o contágio dos conflitos do casal nos vários momentos da educação onde são
chamados a darem a sua colaboração. A conjugação dos interesses muitas vezes
está completamente à margem do essencial e obviamente que isso influirá
sobremaneira os filhos.
b)
Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os
sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensino da religião em geral?
- Alguns dirigem-se à Igreja cheios de
interesse, também aqui não seremos honestos se generalizarmos. Outros
apresentam-se completamente desinteressados, mais concentrados no aspecto
social dos sacramentos e menos interessados na catequese. Tudo se torna mais
fácil e isso nota-se claramente quando os casais se separaram de forma
amigável. Quando há sérios conflitos e incompreensões a todos os níveis tudo se
torna mais complexo. Sofre sempre o elo mais fraco, as crianças. No geral todos
pedem os sacramentos apenas, a catequese, será o «parente pobre», porque
necessário, mas se alguma entidade o dispensasse melhor seria. Esta mentalidade
está bem enraizada no coração de muita gente da Igreja Católica nos nossos
dias. A este nível temos um pouco de tudo.
c)
Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas
crianças, de oferecer uma educação cristã aos próprios filhos?
- As Igrejas particulares estão no geral
abertas ao acolhimento destas crianças e são integradas nos vários grupos da
catequese e na participação litúrgica sem qualquer distinção. Não quer dizer
que naquelas crianças onde se note a tristeza e traumas ou outras complicações
da vida familiar desintegrada, procuramos acompanhar com redobrada atenção e
fazer um trabalho específico para que a criança se sinta colhida e integrada na
vida da Igreja e seja bem recebida pelos seus colegas da catequese.
d)
Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a
administração do sacramento e o acompanhamento?
- Como referi nas questões anteriores,
procuramos não fazer distinções. São crianças, que em geral se apresentam
iguais a todas as outras, até porque as crianças hoje encaram cada colega,
venha de onde vier, com a maior das naturalidades. A preparação é realizada no
conjunto sem qualquer distinção para ninguém. A administração do sacramento
também é realizada sem qualquer distinção.
Independentemente das circunstâncias das pessoas, o que importará de
verdade será considerar, amar e acolher todos os que se aproximam exactamente
porque são, pessoas que Deus ama e que nós devemos também acolher e amar. Tudo
o resto é acessório.
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