Para o nosso fim de semana. Sejam felizes sempre sem prejudicar ninguém.
Quanto desejo rasgar-te para plantarA força do poema nas tuas entranhas.
Andam a remover torrões na hora solar
E neles as tenras raízes sem artimanhas,
Advinham a fome saciada do desejo
Que é o fruto da colheita nas palavras
Que nos meus singelos versos antevejo.
No pomar maduro suculento e doce
Não tem dono o aroma sobre o monte,
Vem como respiro de Deus sem posse.
Nas manhãs as folhas são uma fonte,
Do sereno frio da noite quanto sofre
O abandono de cada um à sua sorte
E o insecto sobre a fruta nunca dorme.
Nos sonhos sem sentido,
Um poema à luz encante
É dom e amor repartido.
Sobre as árvores se levante
Esta fé naquele dia ferido
É força que à uva o vinho se adiante.
Veio depois o amigo aliado
Em cada imagem sempre vem
Um bago doce que foi dado
Desse mistério do prado
Resta o poema que este sabor tem.
Agora sei da terra que nos fez
A palavra veio e eu resolvo
Na criação fecunda talvez
Seja seguro o chão do povo
Esta é a hora de um mundo novo.
José Luís Rodrigues
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