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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O pior lugar da morte está dentro de cada um de nós

Dia dos Fiéis Defuntos…
Morrer é «ir para a casa do Pai/Mãe», exatamente, como pediu o Papa João Paulo II no leito da doença e da morte, quando antevia todas as possibilidades para prolongar a vida neste mundo. Restava «a casa do pai», livre de todo o sofrimento e da morte. Sabendo antecipadamente que aí sim, o lugar da vida verdadeira, segundo o ensinamento do grande Apóstolo São Paulo.
De que Pai se fala quando se fala de «ir para a casa do pai»? - O Pai da verdade suprema, que nos ama e chama para si aqueles que nós amamos muito. Este Deus, como se de uma crueldade aparente se tratasse, tira-nos o melhor que o mundo tem, mas não é assim, dado que Ele é grande e cheio de amor. Mas, colhe para si os melhores, porque precisa deles para outros rumos e outras tarefas. De modo nenhum podemos ser egoístas e não permitir o andamento da vida de acordo com o Seu Criador. E como nos ensina o teólogo Alemão Hans Urs von Balthasar, fica-nos esse convite para a esperança e para a fé: «Os que amam são os que mais sabem de Deus». Por isso, Deus é amor e quem ama não morre. Mas vive eternamente. Não permitamos que o sombrio lugar da morte, cheio de hipocrisia e às vezes de tantas falsidades, não nos tolhe a lucidez com o medo e nos faça viver sob os tremores da morte que tanto travam os passos da vida.  
Vinícius de Morais:
A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca esperada
Ela que é na vida
a grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida!

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