Porque é sempre mais importante as
ideias do que as armas, eis uma reflexão brilhante de José Vítor Malheiros no Público de hoje sobre os acontecimentos
trágicos que assolam o nosso mundo.
Destaco o seguinte: «Não é possível defender a
humanidade prescindindo da humanidade, não é possível defender a liberdade
prescindindo da liberdade e não é possível atacar o terror escolhendo o terror
como arma»: «Uma palavra de sobreaviso contra os que nos querem convencer de
que os inimigos são os que vêm de fora e são tão diferentes de nós que os
podemos reconhecer à vista desarmada. Uma palavra de sobreaviso contra os que
dizem que não nos podemos dar ao luxo de preservar a liberdade, contra os que
nos dizem que a preocupação com a igualdade nos enfraquece, contra os que nos
dizem que a fraternidade é demasiado arriscada, que a compaixão é uma fraqueza,
que os estrangeiros que nos pedem asilo são uma ameaça.
Uma palavra de
estupefacção porque a verdade é que não conseguimos perceber o que move estes
jovens, árabes há séculos ou europeus de segunda geração, muçulmanos de sempre
ou recém-convertidos, dispostos a sacrificar as suas vidas, a sacrificar as
suas famílias, em nome da fanática leitura literal de um velho texto religioso
que os incita a nunca pensar por si próprios e a obedecer sempre, a amar a
morte acima de todas as coisas e a ver no apocalipse que um dia irá destruir o
mundo a razão de ser da sua vida.
Uma palavra de
incompreensão porque muitos destes jovens se sentem excluídos e odiados pelas
sociedades democráticas onde vivem mas integrados e reconhecidos por uma
sociedade esclavagista, ditatorial, sanguinária, sexista e assassina».
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