Não
há nada para dizer
Se
os meus olhos viram
A
morte inocente
A
ferida inesperada
E
rasgada a frio
No
chão do tempo
Pintado
pelo sangue do ódio.
Porquê
derramar o terror?
Ainda
mais em nome
De
deuses pequeninos
Que
se regem pela lei da bala
E
dormem no fio cortante das facas.
Não
creio em deuses assim
Não
creio na humanidade
Criadora
de deuses.
Creio
no amor
Creio
na paz
Creio
na liberdade
Creio
na fraternidade
Creio
na igualdade…
Creio,
se preferirem,
No
Deus que todos os dias
Que
passando adiante deles
Serve
à mesa dos corações humanos
Estes
saborosos ingredientes.
Não
digo mais nada. Porque o silêncio
É
a melhor palavra para dizer o luto.
José Luís Rodrigues
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