«Deus
e eu»
Esta semana, com Duarte Caldeira... Muito obrigado caro amigo pelo seu contributo.
Faz hoje precisamente
67 anos que fiz a minha primeira comunhão, no dia em que começo a escrever
estas linhas que se seguirão com o título Deus e eu. Poderá ser uma
coincidência, pois esse foi o segundo contacto com Deus, como nós pensávamos
nesses tempos: que só havia um Deus e que era o adorado pela Igreja católica.
Com o andar dos tempos e do estudo ficamos a saber, principalmente através da
disciplina de História, que haviam outros deuses em especial na antiga Grécia,
na Antiga Roma, no Egipto, em Israel, etc… e que todos os povos adoravam sempre
um qualquer deus, em qualquer local do nosso mundo, que havia, portanto várias
religiões, mas que a única verdadeira era a católica…
Desde muito criança que
ouvia falar em Deus, o Deus adorado pelos católicos, o único que se escrevia
com letra maiúscula e quem não o fizesse na escola, teria um erro no ditado.
Assim fomos crescendo, fomos formando a opinião própria, educado segundo as
regras da Igreja Católica, com a ideia que existia um Deus físico no céu, mas havia
um tema que me deixava sempre muito confuso: aprendíamos que Deus era um “ser”
infinitamente bom e se assim era porque razão criou o bem e o mal? Porque não
criou só o bem? Também ouvia, quando estava um dia de Sol, que estava um dia do “criador” e os outros
dias de muita chuva, de frio e de relâmpagos de quem eram? Quando passávamos
por um familiar mais velho, pai, mãe, tio, dizia-se: “ a sua bênção” e
obtínhamos sempre a mesma resposta: “Deus te abençoe”. Se pedíamos a bênção ao
familiar porque razão transferiam a resposta para Deus?
Toda esta vivência
fazia com que vivêssemos sempre com Deus, no nosso coração, na nossa cabeça e
tínhamos tanto receio que Ele visse, alguma asneirita que fizéssemos, ou seja
era um Deus que nos incutia mais medo do que “amor”…
Hoje em dia vejo as
coisas diferentes e acho que o mais importante será ter “Fé”, acreditar em algo
de transcendente, que nos mantém vivos e com muita esperança, especialmente num
mundo melhor e nunca esquecerei as palavras do meu amigo Almeida Santos,
agnóstico, que dizia que as pessoas que têm “Fé”, são mais felizes, porque têm
sempre algo a se agarrar, que lhes aumenta a esperança.
Sou um homem de “Fé”
que acredita, que tem muita esperança e penso que de facto existe um só Deus,
mas com muitos nomes em que cada civilização o “ batizou” com o nome que achou
mais conveniente e acho que todos se deveriam escrever com letra maiúscula,
pois na realidade são muito mais as coisas que as une do que as separa…
1 comentário:
Faço minhas as suas palavras sr. Duarte. Também eu sou uma mulher de Fé e Esperança!! Mas, confesso, que por vezes a minha esperança, esmorece....pois a vida tem me pregado algumas (muitas) partidas. Mas depois volto a acreditar! Volto à minha Fé e à esperança que amanhã será melhor! Que é realmente o que me faz levantar todos os dias e seguir em frente.....
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