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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A mentira quotidiana

num tempo e num mundo onde se tornou normal mentir, parece, que a vida não tem graça sem uma mentira frequente. A sede e a fome matam-se com a água e com a alimentação respectivamente, a sobrevivência quotidiana mata-se com a mentira descarada, a mentira mais ou menos subreptícia, a mentira às vezes suave ou às vezes forte e a mentira mais ou menos construída, estruturada… Uma grande parte do mundo mente e muita coisa à nossa volta não passa de pura mentira que se reveste de ilusão utópica. O profeta Jeremias há muitos séculos constatou: «É a mentira e não a verdade que prevalece na terra» (Jer 9, 2). Neste sentido advertiu Mahatma Gandhi: «Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida». Mas delicio-me no pensamento de Pablo Picasso quando nos ensina: «A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade». Neste sentido, somos chamados cada dia a sermos mestres da verdade, a procurarmos todas as palavras que digam a verdade. Só a educação e a cultura instruem contra o engano fatal da mentira. Deus chama-nos a assumirmos todas as atitudes que enformam o nosso ser e são o reflexo da vida concreta, para nos tornarmos instrumentos da verdade que salva e mediação do amor autêntico que edifica todas as coisas em função do bem. 

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