Saio de mim
desço aos infernos
da indiferença do mundo
contemplo os olhos pobres
lacrimosos de Deus
abandonado no chão
das almas sem nome e sem vez.
Ergo a voz
contra a injustiça
a solidão das mãos
que nos tocam
o silêncio conivente
e o esquecimento
propositado
quando a verdade
deixa de ser o pão
que o sonho
construiu passo a passo
em cada dia
de uma existência feliz.
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