Nietzsche, no seu "Anticristo", proclamará que o "reino de Deus" é uma "lastimável mentira", que serviu para a Igreja fixar os seus valores que chama "vontade de Deus". Nisso consistia o domínio e o poder da Igreja. Neste sentido, para este autor o Cristianismo é uma religião da "decadência" e não da libertação da humanidade. Em muitos momentos da história da Igreja e ainda nalguns meios da Igreja Católica na actualidade, leva-nos a dar razão ao autor de "Assim falou Zaratrusta". Mas, vejamos como é o «reino de Deus» por Jesus. A aparente derrota de Jesus é a lógica do poder posta do avesso. Jesus é um Rei que não se coaduna com as injustiças sociais, pessoais e institucionais. A sua morte na Cruz é o resultado da sua acção contra tudo o que não promove a dignidade da vida e do amor. É o preço a pagar pela sua radical preferência pelos desafortunados deste mundo. Na escola de Jesus, só se ensina uma única matéria: o reino! Este reino que se aprende da vida e do exemplo do Mestre. O exemplo de Jesus e a Sua vida radicam na partilha que resulta na fraternidade, na amizade e no amor ao próximo. É este reino que sonhamos para o mundo, o nosso mundo. Urge acabar com a lógica do domínio do forte sobre o mais fraco, é preciso acabar com a ganância geradora de pobreza. Urge semear a vida para todos. Urge considerar cada um como um ser único e digno de ser amado, como fazia Jesus.
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