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terça-feira, 8 de maio de 2012

Amigos do peito, amigos na vida e na morte

Quem fala assim sobre a amizade é um Cardeal, D. Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício da Cultura, In O que é o homem?, ed. Paulinas. Neste mundo onde se desconfia tanto sobre as amizades, porque se considera não ser possível uma amizade pura e sincera sem a implicação da sexualidade e do eros. Vale a pena ler o livro... 

«De todos os bens que a sabedoria procura para a felicidade, o maior é a aquisição da amizade.» Esta é uma das Sentenças de Epicuro (n. 27), [que] exprime de maneira lapidar o apreço constante que o amor amical gozou em todas as culturas, a ponto de constituir uma tipologia literária, filosófica e psicológica, propriamente dita. A Bíblia celebra, repetidamente, esta relação «absolutamente indispensável à vida, porque sem amigos ninguém quereria viver, embora rico de todos os outros bens»: Ben Sira teceu um elogio da amizade, propriamente dita (6,5-17; cf. 37,1-6), elaborando, entre outras coisas, a frase proverbial, segundo a qual «quem encontrou um amigo, descobriu um tesouro» (6,14).
Emblemática é a figura amical, encarnada por David e Jónatas (...). Também é fácil evocar a amizade de Cristo para com os seus discípulos, chamados «amigos», e não «servos» (Jo 15,14-15). Poderíamos apresentar outros exemplos históricos de amizade, a partir do já mencionado vínculo de Paulo a Timóteo, a Tito, a Filémon e aos Filipenses, para passar através da relação entre São Francisco e Santa Clara, entre São Jerónimo e Santa Paula e Eustóquio, entre São Francisco de Sales e Santa Joana Frémiot de Chantal, acrescentando ainda a amizade entre Hans Urs von Balthasar e Adrienne von Speyr, exemplos em que também é significativa a complementaridade dos dois sexos».

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