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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O sentido da vida e a vitória do amor

Comentário à Missa do domingo VI da Páscoa
Dia 13 de Maio de 2012

A Palavra de Deus é viva e eficaz. Todos os momentos da vida podem ser iluminados por esta Palavra que Deus proclama. Não são estas ou aquelas formas de viver que dão consistência à Palavra de Deus. Isto é, não é este esquema, esta forma de vida ou aquela opção pessoal, que predefine a Palavra que Jesus nos envia. A Palavra de Deus está para a vida toda e para todos os modos do existir assumidos com amor e para o amor. Nada nem ninguém se pode considerar plenamente iluminado ou totalmente consagrado pela Palavra de Deus, porque Deus não permite aprisionamentos ou domínios desta ou daquela opção de vida. Somos chamados a guardar a Palavra com amor e não a possuí-la com arrogância.
O Espírito - o outro nome que também diz o amor - tem a função de nos convocar para o desafio do acreditar, não para a condenação ou para o abismo da morte sem retorno possível. Por isso, o caminho da fé iluminado pelo Espírito Santo, encontrará sempre o sentido pleno.
Ora, "Não fostes vós que me escolhestes; foi eu que vos escolhi e destinei…". Esta frase é muito interessante, porque a nossa vida muitas vezes está inquieta e perturbada com as artimanhas do quotidiano e com a procura de um Deus ao nosso modo. O Deus de Cristo está aí no mais simples da vida a chamar e a convocar para o amor. Dessa forma nos escolhe e nos destina.
Porém, continuam a ser tantos os momentos em que nos sentimos fora do amor, porque julgados pelos olhares desconfiados dos outros, com ar de desprezo e de repúdio, por qualquer razão banal; as palavras sem espírito e ocas que nos dirigem, que nos condenam e nos fazem ficarem tristes; as falsidades de palavras animadoras e elogiosas, mas que por detrás nos afundam numa traição sem escrúpulos e sem qualquer sombra de respeito; o Espírito de vingança que tantas vezes nos ataca como se fosse alimento para viver com o prazer de ver os outros na mais pura miséria; a mesquinhez das aparências, como se isso fosse o mais importante da vida e da fé; a mediocridade do vazio de tantas situações que nos provocam um sorriso de compaixão; as invejas são outra tendência desumana e anti cristã que poderão perturbar a nossa mente e o nosso coração…
Mas, infelizmente, embora, sendo tantas as coisas da vida que nada têm a ver com o amor e que poderão inquietar e intimidar o nosso coração, a esperança é nesses momentos a melhor das virtudes, porque o amor tudo vence. Não há outro caminho para o sentido da vida e não há outro modo de construir o mundo senão fazer a descoberta do amor apaixonado.
José Luís Rodrigues

(Imagem Google)

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