A sinergia entre os dons e as virtudes…
Uma outra questão surgiu igualmente na Idade Média que vai marcar toda a tradição posterior: a relação entre os dons e as virtudes. Se a distinção entre os dons do Espírito Santo e as virtudes morais são claras, o mesmo não acontece com as virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. Há então entre os dons do Espírito Santo e as virtudes teologais uma sinergia, uma espécie de complementaridade dinâmica, que permite ao ser humano viver plenamente no dinamismo deste Dom que é o Espírito Santo que «derramou nos nossos corações o amor de Deus» (Rm 5, 5).
Uma outra questão surgiu igualmente na Idade Média que vai marcar toda a tradição posterior: a relação entre os dons e as virtudes. Se a distinção entre os dons do Espírito Santo e as virtudes morais são claras, o mesmo não acontece com as virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. Há então entre os dons do Espírito Santo e as virtudes teologais uma sinergia, uma espécie de complementaridade dinâmica, que permite ao ser humano viver plenamente no dinamismo deste Dom que é o Espírito Santo que «derramou nos nossos corações o amor de Deus» (Rm 5, 5).
… e entre os dons e os carismas
Falta, finalmente, uma questão, antes de abordar cada um destes dons do Espírito Santo: a relação entre os dons e os carismas. É por isso que, por exemplo, Louis Lallemant, retrata nesta passagem os dons, e onde se refere ao mesmo tempo dos carismas. Escreveu assim: “os dons são, de fato, poderes, capacidades que tornam o ser impressionável aos impulsos do Espírito Santo. São como antenas que captam (…), como asas abertas ao sopro do Espírito. Daí a comparação clássica: com as virtudes nós avançamos com um remo. Com os dons, nós caminhamos com uma vela («somos como um navio que avança com as velas abertas, de vento em popa»). Se isto parece muito simples e demasiado passivo, ainda nos falta içar a vela”.
Falta, finalmente, uma questão, antes de abordar cada um destes dons do Espírito Santo: a relação entre os dons e os carismas. É por isso que, por exemplo, Louis Lallemant, retrata nesta passagem os dons, e onde se refere ao mesmo tempo dos carismas. Escreveu assim: “os dons são, de fato, poderes, capacidades que tornam o ser impressionável aos impulsos do Espírito Santo. São como antenas que captam (…), como asas abertas ao sopro do Espírito. Daí a comparação clássica: com as virtudes nós avançamos com um remo. Com os dons, nós caminhamos com uma vela («somos como um navio que avança com as velas abertas, de vento em popa»). Se isto parece muito simples e demasiado passivo, ainda nos falta içar a vela”.
Os dons do Espírito Santo e das Bem-aventuranças Na mesma linha, os Padres e
os medievais relacionaram, igualmente, os dons do Espírito Santo com as
Bem-aventuranças.
Santo Agostinho colocou em paralelo o temor de Deus e a pobreza de espírito, a piedade e a mansidão, a ciência dos «que choram», a força dos «que têm tome», o conselho e a misericórdia, a inteligência e a pureza de coração e a sabedoria da paz. Ele pretendia mostrar assim que, quer pelos dons quer pelas bem-aventuranças, o ser humano é chamado a elevar-se.
Santo Agostinho colocou em paralelo o temor de Deus e a pobreza de espírito, a piedade e a mansidão, a ciência dos «que choram», a força dos «que têm tome», o conselho e a misericórdia, a inteligência e a pureza de coração e a sabedoria da paz. Ele pretendia mostrar assim que, quer pelos dons quer pelas bem-aventuranças, o ser humano é chamado a elevar-se.
In Aliis Tradedere
(Imagem Google)
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