Nota: Escrevi
a 10 de Março de 2012 e publiquei neste blogue o texto seguinte. É caso para dizer, por uma vez o Vaticano e eu
estivemos em sintonia. Finalmente dirão os mais críticos… Mas, não é o caso, em
muitas coisas estamos em sintonia, claro! Outro aspecto que considero de alta
sabedoria é o facto de a Igreja pedir um prazo de 5 anos para ser avaliado se
vale a pena ou não continuar com a suspensão destes feriados. Uma medida
inteligente, dado que suprimir feriados é ir contra os trabalhadores e o
argumento de mais produtividade sendo forte, ainda está para ser comprovado.
Bom, o certo, é que este ano teremos pela última vez o feriado do Corpo de Deus
e o 1 de Novembro.
Escrito em Março último: Afinal, parece que o Vaticano não quer que se acabe com o feriado de 15 de
agosto (Assunção de Nossa Senhora). Prefere pôr fim ao 1 de novembro (Todos os
Santos), disse ontem a notícia no "Público" e na Ecclesia.
Já em muitas circunstâncias tenho exprimido uma opinião coincidente com o
Vaticano. Neste sentido acho muito bem que se acabe com o feriado do Corpo de
Deus e com o 1 de Novembro. Podem perfeitamente serem celebrados no domingo
seguinte.
Quando ao feriado de 15 de Agosto, acho que não deve acabar e tenho
expressado alguns motivos que me parecem importantes. O mês de Agosto é tempo
de férias, os imigrantes visitam as suas terras e muitos até o fazem a pretexto
das festas em honra de Nossa Senhora (entre nós a Senhora do monte e as várias
invocações a Nossa Senhora não devem ser esquecidas).
O critério para o fim dos feriados religiosos, deve ser este a meu ver e
que não teve qualquer atenção da hierarquia da Igreja Católica portuguesa que
lançou para o ar datas arbitrariamente (o Cardeal Patriarca de Lisboa foi um
deles). As datas que são significativas especialmente para as populações
concretas e onde se realizam festas bastante concorridas, exactamente, como é
feriado de 15 de Agosto, nunca devem ser postas em causa. Porém, outras datas,
mais de carácter universal, como é o caso do 1 de Novembro (Todos os Santos) e
o dia do Corpo de Deus, que não implicam uma simbologia específica para
comunidades concretas, podem, perfeitamente acabar e as suas respectivas invocações
serem celebradas no domingo seguinte.
Se não estiveram em cima da mesa estes critérios para que o Vaticano viesse
apresentar a sua opção neste sentido, pouco importa... Mas, sejam quais forem
os critérios seguidos pelo Vaticano, considero que a sua opção faz prevalecer
maior equilíbrio em relação à posição inicial apresentada por alguma igreja
portuguesa.
José Luís Rodrigues
Imagem Google...
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