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sexta-feira, 11 de março de 2016

A escravidão moderna

É assim mesmo, quando a humanidade não sabe fazer um mundo para as pessoas serem felizes, mas um mundo submetido ao lucro desenfreado de alguns, engendra formas de escravidão que fazem da vida das pessoas em geral um verdadeiro inferno. Leiam atentamente...
Por Paulo Querido
A Organização Internacional do Trabalho estima que 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado, dos quais 44% são migrantes. No total, o trabalho forçado gera anualmente cerca de 150.000 milhões de dólares em lucros ilegais. Uma pesquisa recente mostrou que 71% das empresas suspeita da presença de escravidão moderna nas suas cadeias de produção.
A recente crise de imigrantes, emparelhada com a exposição chocante de problemas laborais nas cadeias de produção globais, aumentou a atenção pública para a escravidão moderna, o trabalho forçado e o tráfico humano.
Crianças trabalham em minas de cobalto para a Apple e cadeias de fornecimento da Samsung, refugiados sírios trabalham, em circunstâncias terríveis, para cadeias de fornecimento de vestuário na Turquia, refugiados de Rohingya operam como escravos no setor da pesca tailandesa e imigrantes do Norte da África trabalham na agricultura em Itália e Espanha.
Em resposta, foi introduzida regulação cruzada sobre a escravidão moderna em cadeias de produção. Ao nível internacional, a OIT adotou o Protocolo de Obra Forçada, que exige que os Estados tomem medidas acerca do trabalho forçado. Nos Estados Unidoas da América surgiu o California Transparency in Supply Chains Act of 2010, visando garantir que aos consumidores é fornecida informações sobre os esforços para prevenir e erradicar o tráfico humano e a escravidão de suas cadeias de fornecimento.
O presidente Obama também lançou uma ordem executiva de grande alcance para evitar o tráfico humano em contratos federais e aprovou uma lei permitindo a forte aplicação do Tariff Act de 1930, que visa impedir a importação de produtos para os EUA produzidos usando trabalho infantil.

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