Terça
feira da Semana Santa:
«As palavras podem não conseguir exprimir uma
oração, as lágrimas exprimem-na sempre; as lágrimas exprimem sempre o que
sentimos, ao passo que as palavras podem ser impotentes para o fazer». (São Máximo
de Turim (?-c. 420), bispo, Sermão 76)
O evangelho dos traidores (S. João 13,21-33.36-38)
Judas:
Disse-lhe Jesus: «O que tens a fazer,
fá-lo depressa».
- A traição por causa do vil metal, a
relação amor/ódio com Jesus, um exaltado habitado por inveja ou por ciúme; ou,
em certas versões não menos interessantes, o idealista revolucionário
nacionalista, que faz os gestos da traição para obrigar Cristo a chamar as
forças celestiais e assim tomar o poder e afastar os romanos odiados.
Pedro:
Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim?
Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado
três vezes».
- O mais sólido dos apóstolos, capaz de
"fé do carvoeiro" que dá os grandes sacerdotes, mas frágil, com medo,
que - apesar de avisado - renegou três vezes antes de o galo cantar, mas que
pelo arrependimento e pela catarse que isso provoca consegue recuperar o seu
estatuto de primus inter pares após a morte do Cristo. «Aquele que tinha três vezes renegado o Senhor, três vezes O confessa; por
três vezes se tinha tornado culpado, por três vezes obtém a graça pelo seu
amor. Vede pois que benefício tirou Pedro das suas lágrimas! [...] Antes de
derramar lágrimas, era um traidor; tendo derramado lágrimas, foi escolhido como
pastor: aquele que se tinha portado mal recebeu o encargo de conduzir os
outros» (São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo, Sermão 76).
Sem comentários:
Enviar um comentário