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O anonimato por si é algo de muito feio.
Os comentários anónimos são uma coisa reles e segundo um excelente trabalho
sobre esta temática que o Diário de Notícias de hoje (27-06-2016) apresenta é
uma coisa reles e parece que, típica das terras pequenas, das ilhas. As cabeças
quando são minúsculos ilhéus, resultam em curto pensamento e coragem é coisa que
não abunda nesse pequeno mundo.
O sociólogo Ricardo Fabrício considera o
seguinte na reportagem do Francisco José Cardoso: «Se fizéssemos uma análise de
conteúdo aos comentários que são feitos nas caixas de notícias ao abrigo do
anonimato, veríamos que, seguramente, têm qualquer coisa a ver como uma espécie
de mecanismo de catarse». Neste âmbito considero que tantos aproveitam esse tal
espaço do comentário, não para ensinar e acrescentar algo ao que a notícia ou
opinião reflecte, mas para vomitar veneno sobre terceiros e sobre quem
emprestou o seu nome e fotografia para expressar o que pensa. As armas não são
iguais e com este estado de coisas não posso de forma nenhuma pactuar. Devemos
todos pensar sobre o assunto e não permitir que a sujidade manche o que foi
dito com seriedade e responsabilidade, porque resulta normalmente como
expressão de muita preocupação, estudo e reflexão séria. Quem escreve
regulamente sabe bem o que isso representa. Por isso, não podemos ser carne em
canhão de covardes que se escondem na esquina da vida à procura dos outros para
os fazer de tiro ao alvo covardemente disparando sobre eles o esterco do seu
vazio.
O sociólogo acrescenta ainda o seguinte:
«Encontramos, às vezes, posturas, abordagens, comentários que dificilmente as
teriam se tivessem lá colocado os seus nomes e se identificado. Esses
mecanismos terão também válvulas de escape que nem sempre é bonita de se ver,
sobretudo quando comparado com o mesmo género de participação em jornais
estrangeiros, os britânicos, que muitas vezes aprende-se mais nos comentários
do que na própria notícia». Interessante este pensamento que vem de encontro ao
que penso. Um comentário deve acrescentar ou relevar o que foi dito. Ofender,
caluniar e destratar não devem ser verbos que se apresente na forma de
comentários, ainda mais se são as armas dos inquisidores anónimos que hoje se manifestam
por todo o lado.
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Não podia da minha parte deixar de fazer
eco aqui no Banquete da Palavra, sobre um assunto que tanto me tem inquietado
nos últimos tempos. Aliás, têm sido inúmeras as vezes em que tenho sido vítima
da artilharia dos anónimos que campeiam a ilha da Madeira. Esta ditadura dos comentários anónimos requer um combate sem tréguas e devemos todos começar por repudiar tudo o que seja contra a verdade sem rosto e sem nome.
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