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O referendo
inglês foi essencialmente para chamuscar a União Europeia. Está feito e o
efeito contágio poderá surgir agora a galope e com ele, consequências terríveis
para toda a Europa, que não sabe conviver desagregada. Não esqueçamos as
guerras intermináveis que assolaram a Europa desde sempre. O maior período de
paz na Europa foram os anos da União Europeia. A Europa desagregada é um campo de
batalhas.
Também não
devemos descorar que os ingleses nunca engoliram aquele famigerado eixo franco
alemão. Tipo dois eternos namoradinhos, privilegiados da casa das tias. É
grande o ciúme em todos os países da Europa em relação aos namoradinhos, que se
cozinham entre si e para si. Os ingleses, os mais fortes da Europa a seguir à Alemanha,
quase sufocavam de orgulho e de ciúme em relação a estes dois. Tudo isto deve
ter contribuído e muito para o resultado do referendo. O grande derrotado, o
Primeiro Ministro David Cameron, que o diga.
Mas, não esperem
os ingleses que a vida entre eles vai decorrer às mil maravilhas. Provavelmente
esqueceram que são também um Reino Unido. Agora veremos mais uma vez que quem a
ferro mata, a ferro morre. E o que desejam para Europa, pode também vir em
velocidade de foguetão para dentro da sua casa. O Brexit inglês é uma faca de dois cortes.
Os patéticos líderes
europeus, tipo Merkel e Hollande, mais a cambada de eurocratas, que comanda a
União Europeia não perceberam o essencial e vão continuar, espero que me
engane, enrolados nas suas malhas burocráticas e fidelíssimos aos conceitos neoliberais
que desgraçam os povos e alimentam os poderosos. Não auguro nada de bom para o
futuro de todos nós.
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