Comentário para este domingo XIII
Tempo Comum. Pode servir a quem vai à missa, mas não só...
Para
haver discípulos terá que haver um mestre. Pois bem, do Mestre Jesus falou-se
no domingo passado, mediante a pergunta, «Quem dizem que Eu sou?». Neste
domingo salta à vista nos textos da Missa a figura do discípulo. Até podemos
adiantar: «Quem é o discípulo de Jesus?».
Há
uma história japonesa que conta assim, um dos discípulos de Yu estava
conversando com um discípulo de Rinzai: - O meu mestre é um homem capaz de
fazer milagres, e por causa disso é respeitado por todos os seus alunos. Eu já
o vi fazer coisas que estão muito além da nossa capacidade. E o seu mestre? Que
grandes milagres, é capaz de realizar? - O maior milagre do meu mestre é não
precisar mostrar nenhum prodígio para convencer os seus alunos que é um sábio -
foi a resposta.
Jesus
é este mestre que convoca os seus discípulos para a missão, sem que lhes
garanta fortunas ou qualquer regalia futura. Mas, como seguir este mestre que oferece
sofrimento e fidelidade incondicional? - Não sei a resposta, está centrada no
interior do coração de cada um, que aí descobre o fascínio por uma pessoa Jesus
Cristo, um sábio que não precisa de fazer-nos milagres para se crer Nele e
fazer da nossa vida uma alegre missão em Seu nome. Até podemos acrescentar, que
faz da nossa vida o maior milagre da de toda a história, basta que saibamos ser
mestre na prática do discipulado. A compreensão disto não é óbvia, mas que
importa isso face à felicidade de ser discípulo deste Mestre que nos chama a
ser livres e pela liberdade fazer tudo para o bem de todos. O ser discípulo de
Jesus, é ser voz do reino novo do amor com toda a coragem, sem que nada deste
mundo faça voltar atrás. Com Jesus o medo não tem lugar.
Então
o discípulo faz-se voz dos sem voz, proclama a justiça contra toda a corrupção
e contra a ganância que ainda persiste contra o bem comum. O discípulo sincero
e verdadeiro de Jesus de Nazaré, comunga uma causa de salvação e a anuncia com
toda a coragem até ao derramamento do seu sangue se assim for necessário.
Porque, neste caso o discípulo vive no mundo «no meio de lobos», mas não se
importando com isso, vai para frente porque sabe que nada lhe faltará, porque
se fez instrumento do milagre da vida em abundância para todos. Nisto consiste
o ser discípulo do Mestre de Nazaré que nos convida para a missão concreta da
transformação da vida e do mundo. Sejamos então merecedores deste convite que
Jesus, o maior Mestre da história nos faz em cada momento da nossa
existência.
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