O mundo que nos rodeia está cheio de
coisas boas. Umas que nós escolhemos com prazer outras escolhem-nos, mas ambas,
as escolhidas por nós e as outras que nos escolheram, formam a existência. Uma
existência que deve ser sentida ao máximo. Quem sabe se nesse jogo sentido da
existência tenha razão, Jean-Paul Sartre, que em «O Ser e o Nada» diz que «para
a realidade humana, ser é escolher-se»...
É o que raramente fazemos. A maior porção de tempo é dedicada a escolher o que está fora. Pouco ou nenhum tempo gastamos com a escolha de nós mesmos. Ninguém imagina o quanto perde por não começar por si mesmo as suas escolhas.
É o que raramente fazemos. A maior porção de tempo é dedicada a escolher o que está fora. Pouco ou nenhum tempo gastamos com a escolha de nós mesmos. Ninguém imagina o quanto perde por não começar por si mesmo as suas escolhas.
Há escolhas dramáticas quando se referem a pessoas, mais ainda quando se referem a coisas. Elas resultam sempre num tremendo pesadelo se foram feitas pelo que ostentavam na rama e nunca pelo que de riqueza interior manifestavam.
Somos por demais solícitos a escolher o
que está fora como se fosse o mais importante da vida. Quando assim acontece
estamos perante um vento que passa, uma volatilidade incontrolável, porque essa
é a regra absoluta da vida. Daí que a revolta seja tão grande tantas vezes,
porque nos frustramos sempre, pois não conseguimos agarrar o que escolhemos, porque o que escolhemos não nos pertence. Esse drama é um dos maiores males do mundo, deste mundo dos humanos.
Neste âmbito o mais importante não é o
que escolhemos, mas aquilo que nos escolhe, porque essa escolha está sempre
desprovida de regras egocêntricas ou feitas à pequena maneira de pensar e de
ser de cada um. É mais feliz quem for capaz de se deixar escolher e acolher
tudo o que se impõe escolhido como uma dádiva. Isso que nos escolhe traz sempre
uma elevada dose de amor que se valorizamos conduz à riqueza da alegria. Obviamente, que falamos do bem e não do mal, embora não se possa fugir dele.
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