Comentário à missa deste fim de semana. Pode servir aos que vão habitualmente, mas não só...
Jesus,
é um mistério, com mais de 2000 anos na história do nosso mundo. Diante deste nome continuam vivas as
perplexidades, os enigmas, os silêncios, os debates, os pensamentos e muitas,
muitas palavras sem fim.
Já
dissemos que a pessoa de Jesus, se reveste de uma imensidão que escapa a todo o
simplismo da vida e de todas as vidas. Não se confina aos dogmatismos, às teorias,
aos comodismos e aos fundamentalismos, que as várias confissões religiosas
geram, mediante a necessidade de configurarem um nome só, um modelo único e uma
verdade absoluta acerca de Jesus. Melhor ainda estarmos certos que a nossa inteligência fica sempre aquém de tudo o que a Pessoa de Jesus representa.
Porém, como que num consolo para já,
é o Jesus da Ressurreição, da vida infinita e plena, que negará e evitará o
perigo do sectarismo, que explora exaustivamente as emoções humanas. Também é o
Jesus da Ressurreição que evita o perigo da falta de sentido para a vida
humana, porque responde de forma plena às inquietações do coração humano e surge
como possibilidade de salvação para todos os crentes.
Se
não fosse Jesus, tudo na nossa sociedade seria mais escuro e a multidão dos
desesperados seria incontável. Estas tentativas para banir Jesus do coração da
humanidade, reduz-se a pura teimosia e a uma cegueira soberba que mais não é senão
vontade de protagonismo, fundamentalismo agnóstico e irresponsabilidade total
face aos valores que nos guiaram durante séculos. É errado considerarmos que todas as conquistas da humanidade se deram por causa do acreditar em Jesus, como é errado considerar que tudo o que se conquistou foi contra a matriz cristã do Ocidente ou até contra a fé em Jesus.
Importa
descobrir caminhos novos que conduzam à vida para todos. E na memória da Terra
Prometida – a Igreja comunidade da experiência da fé – somos chamados à procura
da felicidade que se encontra no Cristo vivo da História e da Ressurreição.
Melhor será sempre aceitar que à pergunta: «Quem é Jesus?», nada nem ninguém, pode gabar-se de possuir uma resposta segura e absoluta, porque melhor será que cada um saboreie a resposta no caminho do encontro pessoal com Ele, para que daí possa viver e partilhar com obras tudo o que a «grandeza» de Jesus lhe oferece.
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