Querida Mildred:
Quando me levantei esta manhã, lavei
cuidadosamente as minhas botas com água e engraxei o meu rosto. Então, vestindo
o casaco com graciosa facilidade com os botões virados para as costas, eu desci
para o café da manhã e alegremente coloquei café nas sardinhas e levei o meu
chapéu ao fogo para fritar. Estas atividades irão dar-lhe uma ideia de como eu
estou. A minha família, vendo-me sair de casa através da chaminé e colocar a
grelha da lareira debaixo do braço, pensaram que alguma coisa preocupava o meu
espírito. E era verdade.
Minha querida amiga, «estou apaixonado».
G. K. Chesterton
Nada que não permita que tenha sido um
escritor de obras admiráveis. Converteu-se ao catolicismo. Um elemento da sua
vida, que não o privou do seu sentido de humor muito apurado, aliás,
provavelmente serviu para enriquecer ainda mais as suas obras, o que as torna
ainda mais cobiçadas pelos leitores. As cartas privadas são extraordinárias e
cheias de sentido de humor bem vincado e engraçado. Fica esta carta para que esbocemos um sorriso
e nos dediquemos à procura de mais elementos sobre a obra deste grande
inteletual inglês.
A sua fé confirma este dado simples, mas
cheio de razão desconcertante para quem enche a boca com o ateísmo: «Se não houvesse Deus, não haveria nenhum
ateu». E, provavelmente, tudo isto porque «Os mistérios de Deus são mais
satisfatórios que as soluções humanas».
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